Thursday, November 01, 2007

Todos os santos

Cheguei segunda à noite -- vôo diurno, mas não desagradável. Parecia uma festa, um grupo de italianos conversava, cantava, bebia. Ao meu lado, um ex-jogador de futebol, o Didi, entre goles de cerveja e vinho me pedia que escrevesse sobre ele. "Você faz um conto sobre mim? Não esquece meu nome, Didi." O Didi não tem nada a ver com aquele famoso do futebol brasileiro. Na verdade, é Dietmar, ou seja lá como se escreve o nome dele. O apelido é para facilitar, e talvez para homenagear o inventor do "folha seca". Sei tão pouco de futebol. Sei que existiu um Didi e que existe um gol ou chute chamado folha seca. Na minha ignorância ou fantasia, junto os dois. Mas o Didi alemão não tinha nada de seco. Estava bem umedecido pela cerveja e pela alegria de voltar para ver a filha, uma linda mocinha que completa 15 anos no sábado. Trazia, a tiracolo, o padrinho da menina, o Wolfie. E se entusiasmavam com a ida ao Barra Brasa, fizeram questão de me mostrar o cartão de lá, como se para comprovar que iam mesmo ao paraíso.
Pois bem, cheguei, cumpri minhas obrigações mais prementes e agora me arrasto para terminar as outras coisas que devia fazer. Arrumar gavetas e papéis, por exemplo. Mas prefiro fazer outras coisas, ler o livro da próxima resenha, escrever esboços de histórinhas, comprar utensílios de cozinha e pretender dar uma de dona-de-casa. Só que logo fui desmascarada: queimei a panela fazendo sopa... Então, jogo paciência, saio para tomar um cafezinho e comprar presentes de aniversário, para usar uma palavra que só aprendi nos EUA: procrastino. Meio obscena, ela, não acham? Difícil de pronunciar, difícil de escrever, difícil de ler.
O que não é difícil de ler são as mensagens de boas vindas, que agradeço. Obrigada, Eugênia, Obrigada Amaury e Ernane. É muito bom estar de volta e receber o carinho dos amigos.

3 comments:

Anonymous said...

Lucia,

Que bom que você já esta em casa.
Seja bem vindaaaaaaaa!

Forte abraço!

Beijos.

Anonymous said...

O didi tava te dando mole! (risinhos)

Anonymous said...

O Didi verdadeiro foi jogador do Fluminense, transferiu-se para o Botafogo e foi campeão mundial em 58 e 62. Em 62, considerado o melhor jogador da Copa. Criou a folha seca. Jogava de cabeça alta. Recebeu de Nelson Rodrigues o apelido de príncipe egípicio. Tornou-se técnio e dirigiu a selação do Peru.