Vou agora assistir ao programa acima. Mas antes, duas palavrinhas sobre a imagem acima: desde a primeira vez que vi essa ilustração, que fiquei encantada por ela. Há muito que eu apreciava o trabalho do Rui, que conhecia dos livros infantis, mas nada infantilóides, que ele ilustra. Quando estive na Jornada, ele era o homenageado e os trabalhos do Rui, expostos como quadros, me permitiram um outro olhar sobre suas obras. Essa daí me fascina pela sua ambiguidade: são duas cores que se misturam e a gente fica perplexa frente ao desenho, sem saber onde começa a beleza, onde a ferocidade nos atinge. A Bela em Vermelho empresta seu tom à Fera, que, por sua vez, sombreia a formosura, num aviso dos perigos inerentes à beleza. A vida nunca é simples, e é preciso estar atento para isso, desde a mais tenra infância.
Crianças que aprendem a ver com as imagens do Rui terão sua sensibilidade aguçada, serão adultos mais alertas. As imagens do Rui não adormecem nosso intelecto, antes nos fazem pensar.
Vou ao programa.
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