Wednesday, November 29, 2006

A secretária de Borges em N.Y.U.

Levei a secretária de Borges para passear em N.Y.U.... Talvez seja mais preciso dizer que ela me levou. Fomos as duas, de metrô. No caminho, ela se agitava dentro da sacola, mas manteve-se silenciosa, como sempre. Antes de entrar, me sentei com ela num banco da Washington Sq, e reli sua história. Fiquei surpresa, era quase que uma história desconhecida. Depois entrei, fui falar com alunos de Português, achando que sabia muito sobre ela, e que podia esclarecer dúvidas. Mas a secretária demonstrou que não precisava de mim: ela estava viva, e muito satisfeita, na imaginação de seus leitores, infindavelmente mais espertos do que eu. Porque tudo o que eu conseguia falar sobre ela, já tinha falado ali no conto. E a secretária que eles conheceram era muito mais esperta do que a que eu havia criado. Até comentei com os alunos que as histórias só nos pertencem enquanto as escrevemos. Uma vez que são publicadas, que são lidas, elas deixam de nos pertencer, adquirem vida própria na imaginação dos leitores, e passam a nos encarar com um arzinho condescendente e petulante.
Depois de tantas emoções, me deixei perder pela geometria precisa de Nova Iorque. Sul e Norte, Leste e Oeste, tudo tinha adquirido uma relatividade face à presença da secretária em minha vida. Fiquei pensando no meu novo livro, Linha de sombra, que encaminhei para a editora Record. Como se desenhará esta linha no meu trajeto?
Para todos os presentes em N.Y.U. hoje, meu muito obrigada. Foi um prazer falar com vocês, foi um prazer maior ainda escutar o que vocês tinham a dizer sobre meus contos. Beijos a todos.

Monday, November 27, 2006

Big Apple

Hoje vou tomar um trem para Nova Iorque. Adoro estes trens daqui, parece que estamos num filme. O único problema é a chegada na Penn Station. Muito conveniente, mas muito confuso, também. Filas para táxi, entradas para o subway, gente por toda a parte, e eu perdida, confusa, me distraindo com todos os sinais e com todas as propagandas. E aí, finalmente do lado de fora, olhando, maravilhada, para a cidade que vive e respira como um organismo meio misterioso, um pouco hostil, muito sedutor. Uma fera que nos ignora para não nos devorar, mas que, quando resolve nos acolher, nos faz sentir muito especiais.
So... start spreadind the news!

Sunday, November 26, 2006

Manhã de domingo

Manhã de domingo frio, passada na cama... Isso promete?
Promete, mas não cumpre. Ao meu lado, só este computador, com quem converso, quase todos os dias. Os livros também, espalhados pela cama. Um já lido, outro por terminar: trata-se de Fantasma, do Castello. Foi minha amiga Eugênia Zerbini quem recomendou, ela é fã do Castello, e com razão. Espreitando, por entre as roupas de minha mala, dois livros de Christa Wolfe: Medea e Cassandra. Esses são fruto da pesquisa que fiz para falar sobre "bruxas" no Armazém Digital. Acabei ficando interessada por essa autora, que recupera mitos do passado para falar sobre o presente. Ela é alemã, mas faz muito sucesso aqui nos Estados Unidos. Mas não quero começar a leitura deles agora (embora já tenha dado uma pequena lidinha...). Prefiro terminar os brasileiros que trouxe (Dois irmãos, do Hatoum e agora Fantasma, do Castello) pois assim posso deixá-los de presente para meus amigos que moram aqui. Eu bem sei quanto gostava de ganhar livros brasileiros, quando morava aqui. Eram o presente de que eu mais gostava.
Terminei o do Hatoum, vou desbravando o do Castello, e, no meio dos dois,terminei de ler o da Joyce Carol Oates (traduzido). Gosto muito dela, mas este livro não me satisfez: estou muito exigente com relação a livros que falem sobre a experiência do luto. Estranhamente, é só sobre isso que tenho vontade de ler, mas, ao mesmo tempo, recuso o que está escrito como insatisfatório. E, no entanto, não consigo me satisfazer com aquilo que eu mesma escrevo sobre a minha experiência. Alguém recomenda alguma coisa?
Aos amigos que têm tentado escrever comentários no blog, sem conseguir, confesso minha ignorância. Não faço a menor idéia de porque uns conseguem e outros não. Aos que têm deixado comentários aqui, meus agradecimentos. Fico feliz por saber da visita de vocês. Principalmente por que, distante como estou do meu computador, esse é meu único jeito de conversar com vocês, a não ser que me escrevam diretamente, pois aí posso responder. Então, comentem, ou escrevam. Até qualquer hora...

Saturday, November 25, 2006

James Bond em Boston

Não é título de filme, embora aqui bem ao lado esteja passando o novo filme de James Bond, Cassino Royale. Novo como? Cassino Royale é uma refilmagem, dá para chamar de novo? Novo mesmo só o intérprete, com sua cara irlandesa e zangada, nada sexy. Que diferença dos passados Bonds...
Eis aqui uma pergunta que exige resposta: qual o seu Bond favorito? A resposta pode ser uma chave para a compreensão da personalidade de cada um. Já imagino uma revista feminina com esse tipo de análise: descubra o seu tipo de homem através de um Bond-test. Elaboram-se algumas perguntas, falando sobre o enredo de filmes de 007 e sobre a aparência dos intérpretes, e ... voilà! você descobre que prefere os homens aventureiros- agressivos e não os sofisticados-românticos. E você nunca tinha suspeitado disso antes, hein?
O título que dei ao comentário de hoje deve-se ao fato de eu ter percebido que me deixei influenciar pelo 007 na hora em que o espião de verdade, o russo, morria num hospital de Londres. Com requintes de ficção: um envenenamento radioativo. E preocupações americanas: o legista temendo fazer a autópsia devido a possibilidade de contaminação.
Mas, voltando ao título de hoje: seria possível uma aventura de Bond em Boston? Com trocadilho, sim, pois aqui em Boston ainda existem bondes... Mas, zerozerosseticamente falando, nada menos provável do que este cenário para um filme de ação. Numa cidade como Boston a gente se sente como num filme de época, em que tivessem se enganado de cenário. Os personagens, alguns do século XVI, outros do século XIX, desfilariam, imperturbáveis, entre os arranha-céus espelhados, refletindo os prédios mais antigos, tentando se convencer de que os mercados ao ar livre não são anacrônicos, mas uma perfeita tradição a ser mantida. E a caça às ofertas de liquidação pode ser interpretada como a evolução natural e "humana" da caça à raposa...
Chega de blá, blá,blá. Não tenho falado nada de literatura, e era esse o meu propósito ao criar este blog. Para não deixar os leitores à mingua, informo-lhes que: acabei de ler o livro da Joyce Carol Oates -- A falta que você me faz (no original, Missing Mom). Se gostei? Ah, deixo isso para a próxima postagem.

Thursday, November 23, 2006

From Dallas with love

O nadanonada anda meio abandonado, mas é que estou distante. Em Dallas, cidade que parece crescer como se estivesse num livro de Alice no País das Maravilhas. Tudo aqui tem proporções gigantescas. As auto-estradas têm cinco andares. Sim,não falei em pistas, falei em andares! Chama-se hi-five e até tem site na internet.
Um dos sintomas do crescimento das cidades no mundo deve ser a presença de brasileiros: logo encontramos alguns pioneiros e desbravadores nos locais que mais crescem -- aqui eles aparecem sob a forma de churrasqueiros. Há não sei quantas churrascarias rodízio na cidade. Embora todas se intitulem brasileiras, a decoração está mais para a interpretação americana do que seja uma Hacienda mexicana. Os garçons e recepcionistas são brasileiros, porém, vindos de São Paulo, na maior parte, e sonhando em voltar para o Rio e voar de asa delta. O que será que isso quer dizer?Não me perguntem, também estou perplexa.
Abri as páginas de notícias do Rio e só dá violência: morte, fechamento do comércio,do Leblon ao subúrbio, nada muda. Aqui só temos notícias de acidentes de automóvel: carro que invadiu casa, ônibus que caiu do viaduto, caminhão que explodiu. A última foi mais emocionante: policial pára carro que estava correndo e descobre cadáver.
Cada país com suas preocupações. Se aqui é o trânsito, em Nova Iorque é o tempo. O vento irá ou não irá permitir o desfile dos balões? porque hoje é o dia de Ação de Graças e, portanto, dia do tradicional desfile do Macy's, que alegra a cidade com shows e balões gigantes.
Vou, então,procurar saber o que houve no desfile.
Um beijo para os leitores, e que todos tenham muitos motivos para dar graças a Deus.

Friday, November 17, 2006

O mal é que...

Um blog é quase que um bichinho de estimação: exige cuidados constantes, atenção e zelo. E muito conhecimento (bem, não muito, só mais um pouquinho do que o que eu tenho). Mas nos dá muitas alegrias. Quando abrimos nossa "criatura" e encontramos comentários e respostas é sempre razão para comemorarmos. Obrigada a todos que me dão esta alegria, viu?
Continuando o papo da pintura para contos: O que acham de um conto sobre a Gioconda? De que ri aquela mulher? Provavelmente da conta bancária do Dan Brown. Um riso meio irônico, meio conformado: afinal, ela e o Leonardo não ganharam nenhuma comissão... Taí uma sugestão para o equivalente do ministério público da Itália, ou da França: confiscar uma parte dos lucros dos livros e filmes, para manutenção dos quadros e formação de cursos e seminários sobre o pintor.

Tuesday, November 14, 2006

A cicatriz de Olímpia


A cicatriz de Olímpia

Lúcia Bettencourt

Seu corpo muito branco estava vestido de luz. Nua, desafiante, ela me olhava de frente, altiva. Não era bela, pois seu rosto era largo, quase quadrado, e seu pescoço grosso e forte. Embora não fosse alta, tinha um modo de olhar que só as pessoas de elevada estatura possuem, nos fazendo sentir diminuídos, pequenos.

A pose tinha sido escolhida por ela: quase sentada no divã, as costas apoiadas em grandes almofadas forradas de seda, com um xale espanhol que semeava de flores bordadas o assento e se despejava em franjas que pareciam fascinar o gato que atendia pelo nome de Napoleão. Ela havia retirado todas as peças de roupa, mas tinha conservado suas jóias: um par de brincos de brilhantes e uma pulseira de ouro de cujo fecho pendia uma ametista, como uma grande lágrima roxa e sentida. O mais intrigante, porém, era a fita de veludo amarrada com um laço displicente, do qual pendia uma medalhinha gasta de metal branco, sem brilho, de onde as figuras haviam desertado e deixado apenas traços que não permitiam sua identificação.

Ela percebeu que minha atenção estava toda voltada para a estreita fita de veludo, já gasto, mas não ofereceu uma explicação, nem sorriu. Conservou-se séria, encarando-me de frente, como as feras que avaliam suas vítimas antes do bote. Com um surpreendente senso estético, ela havia enfeitado os cabelos com um lenço de tons corais, que combinavam com a cor de seus lábios e das flores semeadas pelo xale. Os cabelos arruivados, que eram seu grande atrativo quando vestida, estavam presos, para não subtrair a atenção que seu corpo luminoso merecia.

O divã estava colocado, teatralmente, sob pesadas cortinas de seda verde, muito escuras, quase tanto quanto o forro marrom de veludo do canapé. Seu corpo, branco e leitoso, oferecia-se e, paradoxalmente, repelia-me. Ela não tinha se banhado recentemente, e sua pele exalava um cheiro acre, mistura de suor e sexo, um cheiro pulsante e vivo, que, aos poucos, tomava conta de todo o espaço e deixava-me inquieto, um pouco tonto.

Meu cavalete já estava montado, e iniciei o esboço da cena. As janelas fechadas deixavam o ambiente abafado, mas eu sabia que não podia me interromper naquele momento, pois talvez jamais tivesse outra chance de capturar aquela expressão tão condescendente em seu olhar debochado. Tentava, desesperadamente, acertar o tom da sua pele alva, estriada de suor mal removido. Concentrava-me em detalhes, pintando seu calcanhar encardido, sua mão pequena e gorducha, arredondada como um molusco disforme.

Ouvimos o som de uma campainha, e passos, mas minha atenção foi desviada para o ruído amortecido de seu chinelo de seda caindo de seu pé sobre o leito. Ela fez menção de voltar a calçá-lo, mas o contraste entre os dois pés, um envolvido pela pantufa e outro deixando apenas perceptível os artelhos, entre os tons claros que imperavam sobre o divã, sob a faixa escura da sola do calçado, era por demais plástico para que eu o deixasse escapar. E, ademais, dava à cena o vigor do instante fugidio, retirava do quadro a idéia de pose para introduzir a sensação de intimidade surpreendida.

Nesse momento, a porta, atrás de mim, abriu-se vagarosamente, com um gemido queixoso e tímido. Voltei-me, aborrecido com a interrupção, mas descobri, emoldurada pelo umbral da porta, a figura que faltava em minha cena. A criada negra, com seus trajes soltos e claros, a pele tão escura que parecia engolir toda a luz que dela se aproximasse. Ela trazia nos braços um caro ramo de flores, oferecido por algum cliente agradecido, na esperança de voltar a usufruir os favores dispensados.

Indiferente, a patroa ordenou-lhe que colocasse as flores na sala, mas pedi-lhe que me permitisse pintá-las, bem como sua portadora. Ela refletiu por instantes, e uma luz maliciosa se acendeu em suas pupilas, mas voltou a se apagar. Dando de ombros, permitiu que a negra, uma haitiana cujo dialeto crioulo era incompreensível para quem não tivesse os ouvidos habituados, se acercasse. Foi ela mesma que decidiu o local onde a criada devia postar-se, percebendo, intuitivamente, o vazio da composição. E, num último ajuste, colocou a mão esquerda espalmada sobre seu sexo, retirando de vista a cicatriz rubra que antes ostentava tão desafiadoramente.

Protestei, mas ela me ignorou. Voltei então ao quadro, e percebi que o desenho formado pela sua mão era quase o de uma aranha que aguardasse, no meio daquela teia feita de luz e sombra, de peles e cheiros, por uma vítima distraída. Percebi que tinha a possibilidade de fazer um quadro perfeito: De um lado aquele corpo branco que, mais do que banhado em luz, parecia irradiar a própria claridade. Do outro, a negra, de pele tão escura que mal permitia que divisássemos suas feições. Totalmente vestida, exageradamente coberta por panos claros e excessivos, ela admirava a patroa esplendorosamente desnuda, mostrando sua natureza artificial, fabricada, de uma civilização que se deixava representar pelo supérfluo das jóias e sedas, e pela fugacidade das flores.

Napoleão, o gato, levantou-se e espreguiçou-se, entediado. Percebi que precisava me apressar, pois o equilíbrio perfeito da cena não tardava a se desmanchar. Mais algumas pinceladas, e depois teria que terminar o quadro de memória. Aquele instante nunca mais voltaria a se recompor. O gato saltou da cama e veio se esfregar em minhas pernas. A criada negra se agitava, impaciente com o calor da alcova. Somente ela se mantinha calma e estática, indiferente e altiva.

-- Acabou?

Sua voz rouca, pesada e sensual, me fez estremecer. Em meu transe criativo fui conjeturando hipóteses para tudo, criando enredos que explicassem o xale, as jóias, as escolhas. Só me faltava uma explicação para a velha e gasta fita de veludo e sua medalhinha desfigurada. Aquele não era um presente de admirador, era por demais modesto, mas seria muito banal atribuir o enfeite às reminiscências de uma infância e de uma inocência perdida. Ela concordou, zombeteira. Depois, em sua voz sensual, provocou-me, contando uma história do Terror. Aqueles que tinham parentes que haviam morrido decapitados, passaram a usar uma fita negra no pescoço. Percebi, então, que aquela fita de intenções esnobes lhe dava uma dramaticidade que ela não tinha sido capaz de reconhecer. Era a marca de sua efemeridade. Ela estava condenada a desaparecer: era um último suspiro de uma classe que não voltaria a usufruir prestígio nem privilégio. Era a saudação dos marcados para morrer, que entram na arena se conformando com sua situação. Era um adeus dos tempos da graça e da beleza, que se desfiguravam como a medalhinha já sem feições.

Saí dali acabrunhado, mas, ao pisar na rua, o ar fresco e ainda gelado da primavera me revigorou. Os aromas pesados da alcova já não pairavam, sombrios, ao meu redor. E o dia ainda guardava uma luminosidade suave que me permitia ver as árvores que procuravam recobrir-se de folhas verdes de esperança. Tinha deixado a tela na casa de Victorine, não tinha como transportá-la ainda com as tintas úmidas. Dali a dias, já com o quadro em meu ateliê, retomaria meu trabalho e finalizaria uma obra que duraria mais que seu modelo. E desprezaria seu nome belicoso, renomeando-a de Olímpia. Altiva, indiferente, alheia à sua própria condição mortal, ela viveria para sempre entre os deuses.


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Finalmente aprendi os segredos de transferir os arquivos de texto para a página do Blog. Assim vocês, amigos, não mais terão que ler apenas as breves impressões diárias. Este conto foi o vencedor do I Concurso Osman Lins de Contos, e está publicado na coletânea do mesmo nome. Infelizmente, só está à venda em Pernambuco. Se algum de vocês estiver em Pernambuco, não deixe de ver, lá na livraria Cultura, o livro em questão, pois são muitos contos, de muita gente boa.
Espero que vocês gostem, e comentem.
Para finalizar, uma pergunta: Que quadro, ou melhor, que obra de arte você escolheria como assunto de um conto? E por quê?

Sunday, November 12, 2006

Codinome Beija-Flor

Chove lá fora.
Ninguém tem nada a ver com isso, eu sei, mas a chuva sempre me deixa um pouco triste. Principalmente esta chuva caindo num domingo à noite.
Continuo sem saber como colocar os textos dos meus arquivos num post. Na verdade, nem sabia que tinha conseguido fazer novas postagens, fiquei surpresa ao ver a foto e os outros comentários. Vou explicar, então: a foto é de uma viagem muito feliz, estou em Estocolmo, no dia 24 de junho de 2005, encantada com o tamanho das flores.
Talvez 2005 tenha sido o último ano realmente feliz da minha vida. Mas, isso é uma incógnita.
Saindo deste clima, olhem bem a foto e vejam se não tem um arzinho Cazuza de ser. E, como ainda não descobri como enviar os arquivos de texto para serem postados, fico apenas com essas banais considerações.
Até a próxima.

Saturday, November 11, 2006

Aprimorando

Graças ao meu irmão quase siamês, o André de Leones, já sou um link em outro blog. Retribuindo a gentileza, gostaria de recomendar o dele, o que acho que vou conseguir com este post. Para quem ainda não conhece o André (existe gente que não conhece o André?), ele é o vencedor do prêmio SESC 2005, categoria romance. Aí se explica nossa irmandade siamesa: nossos livros nasceram juntos, unidos por um mesmo prêmio, de diferentes categorias.
Como sou muito limitada nestas coisas tecnológicas, aqui vai a lista do que gostaria de fazer neste blog: publicar meus textos -- onde está o botãozinho para inserir? Faltou isso, ó deuses do BLOG!
Publicar fotos e imagens que eu escolhesse, num lugar que aparecesse -- o botão aparece ali em cima, eu já fiz o upload, mas a foto deve estar pendurada num dos anéis de Saturno.
Mencionar os blogs dos amigos, no local de blogs recomendados.
Escrever um romance interativo, com a colaboração dos leitores.
Se alguém aí na blogosfera souber como fazer essas coisas, eu adoraria receber essas instruções.

Lucia B

A primeira vez não dói?

Quem disse?
Até as pontas do dedo dóem. Escrever num meio estranho, tornar público quase que imediatamente, ser coerente/ser incoerente...
O importante é experimentar. De tudo, um pouco. Do pouco, um tudo.
Este blog é para quê?
O nome não diz? Nada. Nonada. Quase nada. Quase tudo.
E toma Literatura!