Sunday, April 29, 2007

Passagem do tempo

Já estamos no final de abril... Abril, o mais cruel dos meses, como disse o poeta. Poetas gostam de classificar. Classificam meses, pessoas, flores e cores. Os leitores, encantados com os epítetos, vão repetindo para sempre as frases melodiosas, sem se perguntar por quê. Outro dia, recebi uma ligação de uma amiga e xará. Indo viajar, ela se deparou com uma paisagem de por-do-sol, onde nuvens róseas se alongavam perto do horizonte. Dias antes, lendo a Odisséia, nós havíamos nos deparado com a Aurora de dedos cor-de-rosa, e eu lhes falei da metáfora da deusa que, ao amanhecer, vem, com seus dedos rosados, levantar o manto que a noite estende sobre o mundo. Todo mundo adorou, lembrou já ter visto nuvens assim. Minha amiga, quando as viu no por-do-sol, me ligou, gentil, como se eu tivesse sido a autora da maravilha que ela estava vendo. Fiquei pensando que as belezas não se concentram apenas nos momentos inaugurais -- os finais também podem ser belos, apesar de sua inevitável melancolia. Não contei para as minhas alunas a parte triste da história de Aurora: ela se apaixonou por um mortal chamado Trítono e, contra todos os deuses, deu a ele o dom da imortalidade e casou-se com ele. Só que esqueceu que precisava dar também o dom da eterna juventude, e é assim que a bela deusa inaugural se encontra casada, para sempre, com um velhinho decrépito, com todas as mazelas da velhice... Ah, os gregos! Tão poéticos e tão sarcásticos. Tudo para eles tinha um outro lado, um castigo pela desmedida... Poesia e pés no chão!
Vamos então olhar a passagem do tempo e aproveitar o que temos agora. Abril pode ter sido o mais cruel dos meses para um poeta mas estes dois últimos dias de abril ainda estão desabrochando, são o nosso presente. Não permitam que o tempo passe desapercebidamente. Quantas vezes nos assustamos, dizendo: Mas já é maio? O que aconteceu com o verão? Já é Natal? Mas ainda ontem estávamos no dia das crianças... Ano novo, de novo?
O tempo passa, sim. E nós passamos com ele, mas nada nos impede de olhar as nuvens, e as flores, e as estrelas, enquanto passamos.

Thursday, April 26, 2007

Recomendações

Estou acompanhando o desenrolar dos "amores expressos" - o controverso projeto de mandar escritores pelo mundo afora para escreverem histórias de amor que poderão ser filmadas e cujo processo de escrita poderá se transformar em documentário. Acompanho porque tem gente que eu conheço (e gente muito legal) envolvida nisso. E também porque me fascina essa "linha de produção", essa "literatura fabril" que vai surgindo nestes projetos editoriais. Tudo se cria e tudo se transforma, como numa empresa.
Passei tantos anos casada com um grande executivo, que julgo reconhecer nestes amores, um projeto de negócio digno de um desses laboratórios universitários. Vejam se não é isso: O projeto é internacional, pois já abre as portas da mídia em outros países -- com isso, o interesse por traduções pode surgir, e o mercado para as histórias se ampliar. Além disso, tudo é aproveitado: Enquanto escrevem suas histórias, os autores mantêm um blog, com seus diários de viagem, suas impressões, e no blog pode ser vendido espaço para propaganda. Eles também carregam suas câmeras e gravadores, e lá vão eles glauberizando sua experiência. Os escritores mais "midiáticos" terão um cinegrafista, pelo que eu entendo, registrando seus processos criativos. As histórias poderão ser transformadas em roteiros e transformadas em curtas. Ou mixadas e transformadas num longa. Se o projeto se sustentar, o "formato" poderá ser vendido para outras editoras, locais ou estrangeiras, que pagarão royalties, tal como a Globo faz com a Endemol (é esse mesmo o nome dos inventores do big brother?) Podem vender documentários separados, fazer uma caixinha para empresas distribuirem como brinde no final do ano, vender conferências em universidades estrangeiras, mil possibilidades. Será que estou viajando? Ou será que é isso mesmo?
De qualquer forma, isso só me interessa porque estou desfrutando do produto: Não só me correspondo com um dos autores, como estou me divertindo com o blog que eles criaram, e que está muito bom, mesmo. Espero que os meus leitores (dezessete?) se animem e visitem o endereço:
www.amoresexpressos.com.br

E depois, comprem os livros. Precisamos aumentar o mercado literário.

Outra recomendação, importantíssima:
Comprem o Rascunho. Aposto que já conhecem o site, mas o jornal em si, bem diagramado, com fotos e desenhos e resenhas interessantes, com páginas bastante para não ser aquela coisa exígua dos cadernos literários perdidos em nossos sábados é uma jóia. Coisa para se ler devagar, saboreando, e para depois recortar e guardar nas pastas sobre nossos escritores prediletos. Fala dos consagrados e dos consagráveis, dos que apenas despontam e dos que fazem sucesso há décadas, e ainda publica textos inéditos, e poemas... Ah, que delícia. Tem até textos polêmicos.
E a assinatura anual é de apenas R$50,00. É menos que um real por semana! Imperdível!

Wednesday, April 25, 2007

Vingança

Madrugada insone dá nisso: assistir filmes antigos na TV.
Peguei esse já começado, não prestei atenção no nome. Mas era com Jeremy Irons e Anette Benning, e fui ficando, vendo a trama se desenrolar. Uma atriz madura, com um casamento "liberal", se apaixona por um rapaz, quase da idade de seu filho. Por sua vez, o rapaz se apaixona por uma jovem aspirante a atriz e deseja usar sua proximidade com a mulher mais velha para promover a jovem. Sofrendo, a mulher percebe que a outra não só se relacionava com o rapaz, mas tinha partido para abocanhar seu marido também. Ela arquiteta uma vingança, mas não contra os dois homens infiéis. Ela se vinga da Outra! Será que só eu acho o filme anti-feminista? Ou minha insatisfação se deve à noite mal dormida?

Sunday, April 22, 2007

Penélope, a impaciente

Talvez Freud tivesse em mente a figura de Penélope, quando emitiu sua famosa pergunta: O que querem as mulheres?
O que queria Penélope? Deixada em Ítaca, com um filho pequeno, sem a paciência e a criatividade de Odisseu, que tanto a reconfortava, teve que aprender a lidar com o sogro e, sobretudo, a sogra, mulher de personalidade forte e dominadora, temida pelo marido. Com a morte desta, e o afastamento de Laertes, ela assume a primeira posição na ilha e torna-se alvo do desejo de inúmeros pretendentes, homens que a cobiçavam pela posição que ela poderia garantir-lhes.
Sua fidelidade a Odisseu foi antes a fidelidade a si mesma, e a seu filho. Os anos se haviam passado, as lembranças de Odisseu se apagavam e se transformavam, conforme o interesse de quem o evocasse.Ninguém mais tinha a certeza de como o homem se comportaria, pois já ninguém se lembrava exatamente de como ele havia se comportado. Euricléia, a ama, Eubeu, o amigo de infância, eram poucos os que ainda se lembravam do antigo rei com benevolência. Penélope já nem lembrava da paciência de Odisseu em torná-la sua, nem do cheiro de seu corpo quando voltava suado das amenas caçadas aos pequenos animais da ilha. A brisa marinha lhe despertava lembranças de jogos à beira mar, quando, após dirigir as escravas nas tarefas de lavagem da roupa, era surpreendida por um marido vigoroso, estimulado pelo sol e pelos banhos de mar. Mas essa lembranças estavam cada vez mais indistintas, e seu corpo cada vez mais silenciado, pela constatação de que, satisfazê-lo, significaria colocar em perigo o futuro de seu único filho. Durante anos Telêmaco foi sua única fonte de carinho. Era ele que compartilhava seu leito, os braços do menino rodeavam-lhe o pescoço quando ela sucumbia às frustrações, e soluçava baixinho, até dormir. O menino assustado sussurava-lhe: não chore, mamãe. E ela, para tranquilizá-lo, engolia as lágrimas e endurecia o coração.
Aos poucos acostumou-se a mandar. Tomou as rédeas da casa, dos campos. Determinava as tarefas e as partilhas, organizou sua casa e começou a sentir o prazer decorrente da autonomia e do cumprimento do dever. Quando os pretendentes começaram a chegar, deixou-se envolver pelos jogos de sedução e conquista, até compreender que casar-se de novo seria abdicar da liberdade que gozava. Utilizou os mesmos jogos para conservar o poder: encorajando a todos, não encorajava a nenhum. As pressões aumentaram, ela encontrou um estratagema: enredou a todos numa teia, ganhando mais três anos de relativo sossego. Quando seu ardil foi descoberto, o filho já estava quase adulto, já tinha chances de se defender a si mesmo. Mas, para sua surpresa, ele parte e ela descobre que as mães são seres tão facilmente descartáveis quanto as recem-casadas. Olha-se no espelho, e vê-se não mais como era, mas como se havia tornado: uma mulher madura, sem muitas ilusões, independente demais numa sociedade que não permitia nem às suas deusas tamanha autonomia. Seu casamento já não frutificaria mais, seria apenas a confirmação da passagem do poder para um estranho. Mas, se ela demorasse mais, sua capitulação seria vã, pois nem sequer conseguiria atrair o novo marido para negociações na cama. Quando seu filho volta, suas esperanças retornam. Ele havia sobrevivido, tinha experimentado as asas, não sucumbiria facilmente às armadilhas. Casar-se significava conseguir um aliado para o filho. E ela anuncia sua resolução de casar com quem melhor manejasse as armas de Odisseu. Um anúncio que não deixa de ser ambíguo.
Para sua surpresa, o velhote alquebrado que acabava de chegar à ilha é o vencedor do torneio, e se revela o próprio Odisseu. Penélope o encara com os olhos da memória, e o vê belo como um deus. Mas logo o sortilégio se desfaz. O homem que retorna ao lar não é o mesmo que partiu. As lembranças de Odisseu não são as suas, eles compartilham muito pouco. Vinte anos se passaram, e eles nem se conhecem mais. Quando Odisseu anuncia que vai partir, a rainha o encara com indiferença e algum alívio. Quando ele embarca e desfralda a vela, manobrando para sair do porto, ela sente alguma ternura. Podia amar o marido ausente, o homem de suas memórias. O que não podia suportar era o homem de carne e osso, com cicatrizes que ela não ajudara a curar e atitudes amorosas que não tinha aprendido com ela.
Podemos não saber o que deseja Penélope. Mas sabemos que ela não deseja Odisseu.

Wednesday, April 18, 2007

solidão, solitude

Como é difícil administrar a solidão. Quando tomamos consciência de que somos sós, que por mais que a vida nos ofereça companheiros, nós só podemos contar com nós mesmos, somos tomados por uma angústia que volta e meia nos submerge.
Estou, com meu querido grupinho, lendo a Odisséia. Chegamos até a Rapsódia VI. Odisseu sai da ilha de Calipso, esperançoso. Ele já não tem mais nenhum dos companheiros do início da viagem. Está só, numa jangada, mas persiste. Ao avistar terra, vê -se, de novo, mercê das intempéries. Sua jangada se desfaz e ele está outra vez náufrago, desvalido.
Qual a importância dessa viagem de Ulisses? O que faz dessa obra um marco de tanta importância que os séculos passam e ela continua viva? Como nos relacionamos com essa viagem? A impressão que tenho é que os autores estão quase sempre tentando responder às mesmas perguntas, resolver as mesmas inquietações. Muitas são as obras que poderíamos agrupar dialógicamente em torno da Odisséia. A mais óbvia é Ulisses, de Joyce. Mas são numerosos os exemplos, mais ou menos próximos do modelo. Há obras que são matrizes, estão sempre dando filhotes, e, a cada nova leitura, a matriz se nutre e se amplia.
Odisséia - A divina comédia - Fausto, quantas e quantas vezes essas obras não foram atualizadas por novas tramas plenas de originalidade, ao mesmo tempo que imbricadas profundamente nos veios nutrientes desses textos placentários?
O mais triste é a confirmação de nossa solidão. Estamos sós. Nossa jangada é frágil, construída a pressa; nossa bagagem se perde, tragada pelas ondas; nossa direção oscila à nossa revelia, impelida pelos ventos. É mais fácil descer aos infernos que chegar à Itaca, nosso destino, de onde nos arrancaram à nossa revelia.
Hoje estou náufraga. O mar amargo escorre pelos meus olhos e eu sossobro. Para voltar a ser gente, preciso de uma platéia, que escute minhas histórias. Onde encontrá-la?

Sunday, April 15, 2007

Filosofia e tatuagem

Conheci um filósofo.
Não foi lendo um livro ou um artigo. Conheci, de apertar a mão e dar beijinho, como se faz aqui no Rio. Esse aqui é o fulano (não entendi bem o nome, e fiquei com vergonha de perguntar). Olhei para ele e o que me chamou a atenção foi o braço todo tatuado e a pele vermelha de tanto sol. Forte, não muito alto, com um saudável apetite por aipim frito e chope, ele tinha cara de tudo, menos de filósofo. Mas qual é a cara de um filósofo?
Não sou muito chegada à Filosofia. Já li uma ou outra coisa, em péssimas e pomposas traduções, que me desestimularam. Um pouco de Platão, eu li. Estudei um pouco dos gregos, e também um pouco de Nietzsche e de Spinoza, um Schopenhauer de segunda mão, uma pitadinha de outros cujos nomes já nem sei mais soletrar. Outros, mais amenos, ou com melhores traduções, até me divertiram: Erasmo e Thomas Moore, por exemplo. Fiquei com a idéia de que os filósofos eram figuras excêntricas, com roupas, modos e hábitos peculiares. Por isso me admirei tanto com esse filósofo mais novo do que eu, vendendo saúde, com uma aparência que podia ser a de qualquer vendedor de loja de material de construção, discutindo detalhes de seu próximo casamento.
Onde a caspa? Onde os óculos de garrafa? Onde os livros e o mau-humor?
Só flores tatuadas no braço, cabelos ainda úmidos do banho recém-tomado, uma fome de pós-praia e um grande interesse pelos diferentes tipos de papéis usados em convites de casamento. Mora na filosofia?

Saturday, April 14, 2007

Novidades

Coisa boa. Hoje recebi notícias de pessoas que andavam meio sumidas. Uma dessas pessoas foi o Marcelo Moutinho, me anunciando o seu novo site: www.marcelomoutinho.com.br
Claro que fui lá conferir, e fiquei impressionada com o lay out elegante e a variedade de coisas interessantes para fazer. Cliquem no endereço e confiram por si mesmos.
Ontem fui a um casamento, hoje vou a um chá de panela: 2007, apesar de ímpar, tem vocação de casamenteiro. Se bem que essa coisa de casamento é meio cíclica. Quando atingimos certas faixas etárias, parece que todo mundo se casa -- por exemplo: quando estamos terminando a faculdade e todos os nossos amigos parecem se casar por esta época. Uns doze anos depois, metade daquela turma está se casando de novo. Passam-se mais doze, e é a vez dos filhos daqueles primeiros casamentos...Gosto muito de casamentos, talvez porque tenha sido tão feliz no meu. Acho muita graça nas produções elaboradas, as roupas (geralmente) lindas das noivas, e das roupas tristemente calorentas dos noivos. Gosto de observar a disputa velada entre as sogras, de quem exibe mais elegância. Me comovo com a palidez dos noivos, com a emoção das noivas, sobretudo as mais novinhas ou as mais coroas. Me lembro do casamento, há muitos anos atrás, de uma senhora conhecida, de mais de 50, ainda virgem, que, de tão emocionada, mal conseguia atravessar a nave. Todas as suas amigas, algumas até avós, estavam emocionadas com a situação. Foi bonito, ela atravessou a igreja sozinha, trêmula, trôpega, e, ao chegar no altar, explodiu num choro emocionado que levou todo o mundo às lágrimas. Acho que até Santo Antônio chorou, aquele dia. Eu ainda era uma garota, mas não me esqueço desta cerimônia tão cheia de emoções. E do desfecho, que em nada combina com a história. O casamento tão ansiado não foi feliz, eles se separaram, brigaram muito, e quando terminaram de brigar, ele morreu. Triste, não? Mas tenho a certeza de que os desse ano vão ser todos muito felizes. Seja em abril, em maio, em julho ou em outubro (são esses os que vou esse ano) ou nos outros meses restantes, estou com um palpite que todos vão durar e ser muito felizes.

Friday, April 13, 2007

Sexta-feira 13

Arruda! Canela! Sal grosso! Trevo de quatro folhas! Ferradura!
Se eu tivesse nos arquivos alguma dessas imagens, estaria ilustrando o post com elas. As notícias de hoje porém, são as melhores possíveis: Nascimento de Adriana -- Bem vinda ao mundo, uma texana de coração bem brasileiro! Leitura de Paul Celan no blog de Vera Helena, o Palimpsesto. Quis deixar um comentário, mostrando meu entusiasmo, mas não acertei a senha! Acho mais fácil acertar a mega-sena do que as senhas que se interpõem em meu caminho... Penso que se Drummond fosse escrever seu poema hoje, substituiria pedra por senha.
Meu cérebro irriquieto lembrou que pedra e senha se combinam na história de Ali Babá. Teria sido ele o primeiro hacker da história (ou das histórias)? Afinal, ele é um ladrão de senha - Abre-te, Sézamo! A segunda é a princesa (ou seria camponesa?) de Rumpelstiltskin, juntamente com o príncipe de Rapunzel: Rapunzel, joga as tuas tranças! Hoje, nenhuma dessas senhas nos serviria. Estamos limitados a oito caracteres alfanuméricos que não devem lembrar nada pessoal. Não devemos utilizar telefones, datas de nascimento, nomes de conhecidos. Não devemos utilizar a mesma senha para vários sites, devemos trocar de senha com frequência, e não devemos anotá-las para que um possível ladrão não se apodere delas... Estamos em guerra, e cada um de nós é sua própria central de codificação. Ah, quanta complicação.
Queria viver num mundo de portas abertas, fronteiras abertas, sites livres. Estou cansada de tanta proteção, tantas grades, tantas barreiras. Por isso é que gosto dos livros. Suas páginas se abrem, oferecidas; seus códigos pertencem a muitos e deviam pertencer a todos, pois ler e escrever é um direito de todos e não um privilégio de alguns. Detesto essas capas de celofane ou plástico, tentativas de impedir a entrega das páginas aos olhos ávidos. E dou graças por não venderem mais aqueles livros de páginas por rasgar, que me obrigavam a estratégias de leitura que me deixavam de olhos tortos. Nunca tinha comigo algum instrumento cortante e abrir as páginas com os dedos era garantia de rasgar o papel em lugares indevidos.
Vera Helena, o comentário que não deixei em seu blog era a explosão de minha alegria ao descobrir que você também gosta de Paul Celan, o poeta mais vertiginosamente triste e docemente melancólico que conheço. Que bom que a gente se descobriu! Visitem o Palimpsesto, meus queridos leitores. Vocês vão adorar.

Sunday, April 08, 2007

Novo blog

Nossa! Estou há dias tentando migrar de uma versão para outra do blog, sem sucesso. Mais uma vez, obrigada, André, por salvar meu bloguinho.
Acho que foi até auspicioso conseguir esta migração hoje, domingo de Páscoa. Afinal, trata-se de renovação, de nova vida. Não quero cometer nenhum sacrilégio e falar em ressurreição, mas isto talvez seja o mais próximo que a gente consiga chegar disso. A internet e seus recursos, que se modificam, nos dão uma onipresença e uma sensação, falsa, de onisciência.
Hoje estou fora de casa, num computador estranho, por isso escrevo pouquinho, só para não passar o dia em branco, pois a semana foi toda fora do ar. Amanhã, quando voltar para casa, escrevo mais. Deixo aqui meus votos de Feliz Páscoa a todos os leitores: Amauri, André, Berthe, Helder, Rosana, Talitha,Vera Helena, Wagner os anônimos e aqueles que nunca deixaram mensagem mas que já me disseram que leram, como Maria Helena e Cecília e Breno e Flora. Talvez eu até já tenha alcançado os dezessete leitores. Espero que vocês não cansem de mim e de minhas palavras.