Ontem, mal postei o blog, minha internet caiu. Fiquei até hoje à noite sem internet nem telefone. O telefone não me incomodou -- continuo com a loucura de não querer falar ao telefone --, mas a falta da internet me causou uma grande ansiedade. Quando foi que me viciei dessa maneira? Só sei que me aproximo do computador como se estivesse visitando um oráculo capaz de me revelar o motivo de minha existência.
Se a minha existência tem motivo, deve estar ligado à literatura. Hoje, quando o Carlos Herculano, do Estado de Minas, telefonou (para o meu celular, é claro) avisando que vai sair uma notinha no caderno Pensar, fiquei toda feliz. Basta esse pouquinho para me deixar achando que "tudo vale a pena".
E é coisa semelhante o que deve animar os frequentadores do Fashion Week. Fui lá hoje, pela primeira vez, convidada pelo Márcio. Obrigada, amigo! O lugar é lindo, os cenários montados são deslumbrantes, mas eu fiquei perplexa, com tudo. Tanto trabalho, tanto investimento, e tudo para ficar em segredo, numa espécie de segredo, pelo menos. As pessoas montam stands lindos, refrigerados, mas quem vai à Marina da Glória não pode circular por todos eles. Quem vai à Vogue não vai ao Ela. Quem vai ao Fashion Business nem sempre pode ver tudo, pois alguns stands se fecham com cortinas receosas ou meramente antipáticas. Quem vai ao espaço vip do Sebrae não vai ao espaço Vip da Levis...É preciso ter convite para cada um dos espaços. E os desfiles, então, nem se fala. É preciso convite, cadastro, entrar na fila, sentar no setor indicado, e, se a pessoa se distrair um pouco, corre o risco de não assistir ao desfile, que é rápido, quase corrido...
Acho que o que mais gostei foi de ficar na porta, esperando o resgate de meu amigo, o portador dos convites. Ali naquela tribo fui confundida com alguém importante (talvez por estar toda vestida de preto, cor fetiche dos fashion victims), compartilhei cigarros e telefones, avaliei roupas e pessoas, surpreendi sonhos e desencantos. Dezenas, ou centenas de pessoas passaram por ali nos poucos minutos que esperei. Gente de todas as tribos: o povo das sandálias baixas e despojadas, o povo das sandálias baixas e complicadas; o povo do salto alto; o povo da roupa justa; o povo dos vestidos largos; o povo dos vestidos curtíssimos, o povo das bermudas; o povo do terno...Talvez o mais numeroso e ativo seja o povo das tatuagens. Logo na chegada vi uma que carregava todo um varal de roupas em suas costas. Aquilo me fascinou. Redundante, mas pertinente...
Bem, agora vou dormir, quem sabe consigo sonhar que estou desfilando?
4 comments:
Sonhou??
Bjs
Sonhou??
Bjs
O que me fascina no Fashion Rio é o estilo das pessoas, a diversidade; encontramos pessoas lindas, feias, mais ou menos bonitas, mais ou menos feias, muito magras, muito altas, com mais de 2 metros de pernas, branquinhas, escurinhas com roupas caras, customizadas, e muitas roupas baratas, pessoas de terno preto com tênis branco, calças rasgadas, camisetas manchadas, cabelos grandes, lisos, encaracolados, carecas, de todas as cores, rostos marcantes, de etnia bem definida .
O legal é que ninguém se importa com o que o “outro” vai achar de sua indumentária, cada um é cada um, não me importo com você e você não se importa comigo. Todos são diferentes. (rs)
Também encontramos todas as faixas etárias..... bom....hoje em dia é um pouco difícil sabermos a verdadeira idade das pessoas.......ontem fomos abordados por uma atriz perguntando sobre a fila do táxi, e que na década de 60 ela tinha mais ou menos uns trinta anos , para nossa surpresa seu rosto aparentava uns 40 anos(estamos em 2009) e eu como muito curioso, entrei nos sites de pesquisa e descobri que ela tem 64 anos.
E viva o Fashion Rio!
O que me fascina no Fashion Rio é o estilo das pessoas, a diversidade; encontramos pessoas lindas, feias, mais ou menos bonitas, mais ou menos feias, muito magras, muito altas, com mais de 2 metros de pernas, branquinhas, escurinhas com roupas caras, customizadas, e muitas roupas baratas, pessoas de terno preto com tênis branco, calças rasgadas, camisetas manchadas, cabelos grandes, lisos, encaracolados, carecas, de todas as cores, rostos marcantes, de etnia bem definida .
O legal é que ninguém se importa com o que o “outro” vai achar de sua indumentária, cada um é cada um, não me importo com você e você não se importa comigo. Todos são diferentes. (rs)
Também encontramos todas as faixas etárias..... bom....hoje em dia é um pouco difícil sabermos a verdadeira idade das pessoas.......ontem fomos abordados por uma atriz perguntando sobre a fila do táxi, e que na década de 60 ela tinha mais ou menos uns trinta anos , para nossa surpresa seu rosto aparentava uns 40 anos(estamos em 2009) e eu como muito curioso, entrei nos sites de pesquisa e descobri que ela tem 64 anos.
E viva o Fashion Rio!
beijos Márcio Galli
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