Estive lá hoje, na premiação do querido Alberto Mussa pelo seu O senhor do lado esquerdo. Feliz por ele, feliz pela Elaine, feliz por estar entre amigos. O prêmio de poesia foi para o Manuel de Barros. O de roteiro foi para o Marcelo Rubens Paiva, cujo Feliz Ano Velho até hoje me comove. Mas ele ganhou foi por ter roteirizado Malu de bicicleta, seu próprio romance. O de tradução foi para um colega da UFRJ, o Rubens Figueiredo. O de ensaio foi para um autor do Maranhão, falando sobre a Atenas brasileira. Pelo parecer, descubro que Gonçalves Dias era um dos atenienses. Vejam que continuo resistindo à tentação de falar de poesia, mas é um esforço, visto que o prêmio da literatura infantil foi para Marisa Lajolo com seu livro sobre a vida de … Gonçalves Dias! Vejo que o poeta, que chamei de demodé, está mais na moda do que nunca. Fico feliz por mais essa razão. Teve um prêmio para um historiador, também. E discursos, muitos discursos. Ana Maria Machado abriu a sessão lendo o discurso de Machado de Assis por ocasião da fundação da Academia. Pudera! Estavam comemorando os 119 anos de sua fundação. Depois um dos acadêmicos contou em detalhes a história da academia. Fundiu Machado com Nabuco e falou em Machuco. Outro falou da obra de Dalton Trevisan, pois este recebeu o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Os acadêmicos liam os pareceres para cada categoria e depois entregavam o diploma aos vencedores calados e emocionados autores. A sobremesa, porém, foi o discurso enviado pelo Dalton Trevisan, em agradecimento. Delicioso, ele retirou as personagens dos romances do "bruxo do Cosme Velho", levando-as todas para a fria Curitiba e transformando-as em vampirescas criações, com uma mistura de humor e amor que nos encantou a todos. Os elogios se multiplicaram e foram sendo ecoados pelos salões e ruas, até chegar ao Vilarino, onde parei para fazer um brinde ao Mussa, que ele merece.
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