Sunday, May 03, 2009

O tempo passou na janela...













Caraca, mano! Há quanto tempo não escrevo. Já estamos em maio, o mês mais cruel já passou (T.S. Eliot), chegamos ao mês das noivas, das mães, de Maria, e eu num silêncio beneditino, trabalhando em coisas de literatura, me preparando para as aulas da UFF que assisto sem passividade, e para as aulas que dou para meus grupos queridos.
Falei em tempo passando na janela e olhei para fora, para ver o dia lindo, espetacular, um verdadeiro dia de maio, com sua luminosidade especial. Mas, enquanto vejo coisas belas, penso nos e-mails com que meu amigo Márcio F. me presenteia todos os domingos: e-mails de arte, sempre com belas imagens e informações interessantes. Hoje, a propósito do dia, ele me mandou as gravuras que roubei para ilustrar minha postagem. Três de maio, chamam-se as pinturas acima. Um dia tão violento, que marcou a imaginação de três grandes pintores, mas que hoje se apresenta numa versão calma e suave, cheia de beleza e, me parece, aqui do alto de minha torre de concreto, de paz.
Estou sumida do mundo, mas não deixo de amar meus amigos, em silêncio. Neste post homenageio a todos os que não têm recebido uma palavrinha minha, mas que não saem de meu coração: Para umas, o caraca, mano, private joke. Para outros, as imagens, para mais algumas, o Eliot. Para o meu amor, a lembrança de outros dias de maio, cheios de menções a Baudelaire... Para meus leitores, meu coração, que bate sem esperanças, mas que não se cansa de contemplar o jardim!
Só para terminar, mais uma bela imagem de uma fotógrafa inepta, mas sortuda:

1 comment:

david leinad said...

pois é 'dear' lúcia. fiquei com uma saudade apreensiva (existe?)... que bom que voltou.
pra ti, uma bela visão do jardim.
abraço