Todo mundo conhece o termo, mas acho que poucas pessoas leram o excelente Raízes do Brasil, do pai do filho famoso, Chico. É engraçado ver como gerações diferentes identificam as pessoas de maneiras diferentes. Tenho amigas mais velhas que falam daquele menino, o filho do Sérgio, ou, até mesmo, o filho da Maria Amélia. Para consumo atual, temos que falar no cara que é pai do Chico Buarque.
O Sérgio ( e aqui se manifesta minha cordialidade, afastando o nome de família) não é o pai do termo, cunhado por Ribeiro Couto. Mas é o pai do homem menos cordial da história do Brasil: seu filho preserva sua intimidade, é polido, civilizado como um japonês, pouco expansivo nos seus atos - embora seja dos mais expansivos nas suas obras. Somente as palavras do Chico são cordiais, e nos aproximam de seu coração dele. (Essa construção meio arrevezada, tirei do José de Alencar, não é erro, não.) De uma certa maneira, também é pai do "My man cordial", já que foi um dos fundadores do PT, e o PT floresceu em Lula, personificação mais perfeita do homem cordial tal como explicado por Buarque de Holanda. Essa sacação da cordialidade do Lula não é minha, é de Lívia Reis, minha orientadora e amiga de toda a vida.
Voltando às amigas mais velhas, uma delas contou um comentário de D. Maria Amélia (que já vai chegando aos 100) sobre o filho: "Ainda bem que ele não entrou em decadência." O que será que ela quis dizer com isso? Eu agora vou me labirintar com Borges, lá no TELEZOOM. Bye!
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