Tuesday, November 03, 2009

O fantasma do Chacrinha


Não sou grande fã de TV, e não assistia o Chacrinha. Só que fui ver o filme e me lembrei por que não via o programa: era cruel. Se hoje me emociono com aqueles aspirantes a cantores, imagine quando era pequenina, com o coração ainda mais mole do que é agora… 
O que me impressionou é que o Chacrinha tinha um bordão: o programa que acaba quando termina. E fico pensando na verdade que isso é. Ninguém parece ter melhorado de vida graças ao programa. Os desdentados continuam desdentados, os desafinados continuam desafinados, as chacretes viraram cozinheiras ou faxineiras já que perderam o rebolado. Os gagos continuam gagos. E os bobos estão cada vez mais bobos. O programa terminou e os participantes estão todos acabados. Triste isso.  
Para levantar o astral, uma foto (troféu abacaxi?) que tirei no lançamento do livro do Edney Silvestre.  Grande sucesso. Mil amigos, dois dedinhos de papo, depois a ansiedade de defender o projeto amanhã me atacou e tive de vir para casa. Melhor assim: vou aproveitar para ler o livro, cuja leitura do trecho feita pelo Tiago (Thiago?) Lacerda não assisti. Aproveitei para me despedir da Tatiana, que parte para a Fliporto e em seguida para o Porto, ou seria Lisboa? Ou para a Gafeira? Para algum lugar na Corte, como disse a Luciana. Bons ventos a levem e depois a tragam de volta, sã e salva. 

2 comments:

Guido Cavalcante said...

Adorei o pessimismo que vc distila no seu post.Numa época onde prece que todos vivem um otimismo sem medidas e sem o menor pudor, é ótimo ler alguém deixando cair umas gotas de lúcida amargura.Como disse, num filme, um personagem sob tortura para o seu torturador: "a diferença entre nós, é que você não sabe que é um idiota completo".

Anonymous said...

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