Mas quero falar de gente e de suas falas. Uma das coisas que mais me surpreende no meio acadêmico americano é a sua capacidade de pesquisa. Sendo assim, não é de estranhar que muitas vezes algumas escritoras brasileiras sejam mais populares aqui que no Brasil. Creio que seja o caso de Nísia Floresta, uma escritora feminista do século XIX. Nunca tinha ouvido falar de Nísia no Brasil, embora pelo menos uma professora brasileira, de Minas Gerais tenha uma extensa obra sobre ela. Aqui descubro que ela fascina, e com muita razão, as imaginações de muita gente, e que é estudada seriamente até na Inglaterra. Seus livros foram sucesso na França, onde ela morou, e mereceram várias edições. Ela é natural do Rio Grande do Norte, fundou um colégio no Rio de Janeiro, escreveu em jornais, fez comícios pró-abolição, mas seu trabalho de educadora foi duramente criticado no Brasil. Que se há de fazer?
Ontem o dia do Congresso foi dedicado a ela, mas antes de começarem as palestras, a convidada de honra, Ana Maria Machado, fez uma magnífica conferência. Ela é brilhante, firme, segura de si, mas muito simpática, extraordinariamente afável e acolhedora.
No meio do dia, uma sessão com tradutores. O legendário Gregory Rabassa lá estava, falou sobre suas traduções, contou algumas piadas e emocionou a platéia.
Agora preciso terminar a conversa. Vou me preparar para o dia de hoje, dedicado à Cecília Meireles. Quando puder, conto mais.
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