Sunday, September 02, 2007

Acabou-se o que era doce

Reli os últimos posts sobre a Jornada, e sorrio, pensando que aqui guardei detalhes insignificantes que, no entanto, me fazem reviver os instantes de maior emoção. Falo dos quindins, de que já me esquecera, pois só me lembro da doçura do escritor moçambicano, com suas histórias e sua caixinha de sonho. Falo dos rótulos de vinho, mas o que ficará para sempre é a beleza da fusão de palavras em imagens. Se falei da lua, foi na tentativa de recuperar algo que me acometeu, no instante que a vi, uma volta ao passado, uma lembrança doce. Outras coisas aconteceram na jornada, e muito mais importantes. Tantas palavras foram ditas, ou caladas. Tantas promessas foram feitas, tantos sonhos foram sonhados, mas essas coisas importantes serão anotadas, tratadas por mim ou por outros. Os pensamentos, as reflexões permanecerão. O troquinho miúdo de solidariedade de emprestar um casaco a quem tinha frio, de receber um olhar cúmplice no meio de uma platéia de estranhos, de ganhar um presente que nem merecia... Isso são detalhes que correm o risco de desaparecer, levados na enxurrada da vida. Mas não vou deixar que essas pequenas emoções se esvaiam. Isso foi o que fez das Jornadas dias tão intensos e especiais.

1 comment:

Anonymous said...

O Mia é um querido, né?