Saturday, February 27, 2010

A fada de chapéu

Estou de molho em casa, com uma dessas viroses de final de verão, mas hoje, como estava me sentindo um pouco melhor e como já não aguentava mais olhar para minha aparência desgrenhada, fui ao cabeleireiro. No caminho cruzei com uma fada de chapéu de palha rosa. Era uma menina, de uns quatro anos, vestida de fada, com asa e varinha de condão, mas com um chapeuzinho redondo de palha, totalmente incongruente, absolutamente encantador. Ela ia caminhando feliz, risonha, voltando-se para os pais e outros adultos que a acompanhavam, numa espécie de ballet que admitia rodopios, meias voltas, corridinhas e paradas. Eu ia numa direção oposta à dela, nossos caminhos se cruzaram e tenho a certeza de que nem ela nem a família me notou, a mim, disfarçada na normalidade de roupas sem surpresas. Como eu não notei os outros transeuntes pelos quais passei antes, tampouco aqueles pelos quais passei depois. Mas a figurinha da fada de chapéu, com seu rosa tão vivo e vibrante contrastando com os pastéis dos véus e os brilhos iridescentes  de suas asas me acompanhou até em casa e agora me obriga a escrever, para que não me esqueça mais dela. Me deu vontade de escrever um conto de fadas, quem sabe?
O que não tenho nenhuma vontade de comentar é a história do manifesto. Como disse ao meu mano André, todo manifesto é bobo, ao mesmo tempo que todo manifesto é útil. Mas não vou discutir nada disso aqui. Igualzinho ao manifesto que recebi por imeio sobre a candidatura da Dilma Rousseff. Acho que está no FB. Mas que as fotos são hilárias, isso são. Confiram.

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