Sexta-feira, dia de aula de piano e eu aqui, ao invés de estar martelando o pobre do teclado musical, faço escalas literárias aqui no blog.
É que ontem foi a "primeira aula de literatura da aluna Lúcia de Andrade"... Voltei a estudar, lá vou eu de novo... vocês sabem, aquela música do Chico. Mas não me senti tola, pelo contrário. Me senti bem, onde gosto de estar, com pessoas que amam o mesmo que eu, sentindo como se, após uma longa viagem, estivesse de volta à terra natal. É bem verdade que já não lembro de tudo, que esqueci alguns detalhes: nomes de ruas, lugares interessantes, ou seja, autores e teorias que costumava visitar com freqüência e de quem, depois de tantos anos de separação, já mal distingo as feições. Mas não importa. Folheio esse álbum de velhos retratos e vou reconhecendo os "parentes", e recebo a notícia do nascimento de outros. Foi assim que me falaram de Coetzee, com tanto entusiasmo, que tenho que refrear meus impulsos de ir para a primeira livraria e mergulhar logo na leitura de seus romances. Sossego, então, volto para o piano, e depois, só então, livraria, pois o fim-de-semana se promete chuvoso, propício a leituras.
Rio, baixinho, pensando -- se fosse ensolarado, também seria propício à leitura: quantas vezes já falei de meu prazer em ir ler na praia? Em casa, com chuva; na praia, com sol; no café, em dias nublados; outra vez em casa, nas lembranças dos dias de neve...Ler é bom quando se está sozinha, ou ao lado da pessoa amada. Quando se está triste ou quando estamos felizes. Tranqüiliza-nos quando temos medo, e nos incentiva quando desanimamos. Ler é muito bom, mesmo. E escrever também...
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