Sunday, December 02, 2007

Gosto não se discute


Adoro Machado de Assis, li tudo dele, inclusive suas poesias, embora não seja uma grande fã de seu "lavor poético". Em poesia, adoro Drummond, Bandeira, João Cabral, Cecília Meirelles, Camões. Fiz esse recuo no tempo, e me lembrei de Vieira, outra paixão: quando, enfim, tive a capacidade de lê-lo, fiquei deslumbrada, acompanhando seus raciocínios e sua elegante exuberância. Não sou grande fã de García Marques, embora goste de Cem anos de solidão. Adoro Julio Cortázar, Monteiro Lobato e Maupassant contistas precisos. Sou fã de antologias, pois me apresentavam autores que ainda não conhecia, mas detesto os cortes nas antologias, pela mesma razão que detesto novelas de TV: interrompem o autor quando querem, não quando eu quero. Adoro Proust, mais que um autor, um amigo por escrito. Os russos que conheço me fascinam. Flaubert e suas histórias me encantam. Zweig, Alencar, Balzac e Eça, Pearl S. Buck, Melville, Camilo Castelo Branco, Lin Yu Tang todos são autores queridos e lembrados. Vargas Llosa, Carpentier, Callado, Guimarães Rosa e Graciliano Ramos também... Mais recentemente, descobri Agualusa, Mia Couto e Adriana Lisboa. Isso para não mencionar os amigos-amigões e ser acusada de ser parcial, por isso não vou falar de Rachel Jardim e da turma de Histórias Possíveis. Não posso terminar essa lista de preferências, sem citar Homero, Cervantes e Dante, mesmo sabendo que não seria justo deixar de fora Oswald de Andrade, nem Mário, nem tanta gente boa que habita minhas estantes.
Com tantos autores maravilhosos mencionados, tantos autores deslumbrantes que não entraram na lista escrita, mas que deveriam ter seu lugar aqui, não vou perder meu tempo, nem ocupar meus neurônios lembrando do que não gosto. Quero mais é abrir espaço para minhas preferências. Comecei o post meio tristonha, mas agora já me consolei um pouco. Sou assim, prefiro ver o lado bom, as coisas positivas. Meu grande problema seria responder àquela pergunta-clichê, que acompanha todos os autores que chegam à "fama": Que autor levaria para uma ilha deserta? Acho que, até que me decidisse, a ilha já estaria povoada...

1 comment:

Eugenia Zerbini said...

Querida,
meigos a valer seus anjinhos fumantes e beberrões. Você corre o risco de daqui a pouco eles começarem a ler Kerouac, Ginsberg & company e, quem sabe, até se arriscarem a escrever.
Enfim, sinto falta de seu romance/novela. Fui transportada para aquele tempo em que Balzac escrevia seus romances em capítulos publicados nos jornais.
Muito legal, mesmo. Desculpas pela ansiedade. Fica aqui um buquezinho de violetas virtuais em agradecimento. Beijos da Eugenia.