Pois foi assim que voltei ao dia 24 de fevereiro de 2009, ou 2010, nem prestei atenção e reli o que tinha escrito no dia. Eu mesma me surpreendi. Algumas daquelas lembranças só me ocorreram, sem dúvida, graças a alguma associação de pensamentos impossível de recuperar. E me despertaram outras. Por exemplo, o locutor Leo Batista era amigo do meu avô. Mas, naqueles tempos prehistóricos, a TV era em preto e branco. Daí que era com muito orgulho que sabíamos que o cabelo do Leo era vermelhíssimo. Ele foi o primeiro ruivo de minhas relações. Depois tive (ainda tenho!) uma amiga ruivinha, mas com o passar do tempo seus cabelos mudaram de cor. Mas ela continua especial, só que muito distante. A sortuda vive em Paris!
Eu mesma nasci ruiva, como me contavam. Mas isso não dá para ver nos retratos, os terríveis retratos em preto e branco, instantâneos desfocados que mal me permitem reconhecer minha silhueta. Mais tarde meus cabelos ficaram louríssimos. Esses posso ver nas fotos, e nas mechas que cortavam e guardavam em envelopes. Depois foram escurecendo, mas sempre ficaram saudosos de seus reflexos dourados: qualquer sol que eu tomasse eles abriam mechas. No verão eu era mais bonita que no resto do ano.
Volto outra hora, com mais recordações. Hoje o horário está apertado.
1 comment:
Pois é, querida, eu até me emocionei quando numa dessas leituras de seus posts antigos (estou lendo tudo)descobri que a imagem da Mara, exuberante e cheia de auto estima, tinha ficado retida na minha memória, mesmo quase depois de 40 anos! Realmente eu estou lendo todos, desde novembro de 2006 e sorrio toda vez que você menciona seus 17 leitores! Imagine! Quanto aos seus cabelos, sempre foram cheio de luzes naturais, sempre lindos! Grande abraço e meu carinho, sempre, T.T.
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