Mil coisas para fazer, mas não resisto a um bate-papo virtual. Essas minhas reflexões por escrito já me viciaram, vou mandar fazer um adesivo dizendo I dig my blog!
Fiz uma pausa para o almoço, e peguei um jornal antigo para ler enquanto comia. Descobri esta gracinha de termo: guardanapinho -- designação de beijinho assanhadinho no canto da boca de quem recebe. Achei muito expressivo, e me encantei com o termo. Gosto de palavras, estive pensando em fazer um dicionário pessoal, só de palavras que me agradam. Para beijo, então, já tenho duas entradas, essa do guardanapinho e o cheiro nordestino, que me encantou pela enorme intimidade que cria. Nossos beijinhos cariocas, sempre múltiplos, estalados no ar, são tão superficiais... Hoje de manhã, ao me despedir de meu filho -- que só ia para o trabalho -- fiz uma coisa que costumava fazer com eles e o pai deles, numa vida anterior: peguei sua mão, dei um beijo na palma e fiz que ele fechasse os dedos dizendo: guarda, guarda! E ele ficou, com o punho cerrado, me olhando e nós dois soubemos que esses beijos não foram e não serão desperdiçados, e que o amor existe e que é um jeito muito bom de começar a semana, esse!
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