Há uns dias atrás essa foto foi publicada nos jornais do Rio. Fiquei siderada, como dizem por aí. Era assim que eu sonhava morrer, nos braços de meu amado. Eu sempre dizia que não tinha inveja de nada, que a única coisa que eu invejava era a morte do ex-presidente da Xerox, num acidente de automóvel, com a mulher. Os dois dormiam no banco de trás, o carro bateu e eles morreram, juntinhos, em paz. Não recebi esse dom. Meu amor morreu nos meus braços, mas eu continuei viva, e sem saber por que.
Hoje morreu o pai de uma amiga minha. Que Deus o abençoe, Dr. Paulo. Há muitos anos atrás, morreu minha mãe, neste mesmo dia, num acidente de automóvel.
E eu continuo aqui, embora não saiba o que fazer da minha vida.
Triste, penso que não hão de encontrar meus ossos entrelaçados nos de meu amor, daqui a cinco mil anos. Só posso dizer que, embora não tenha morrido com ele, também não me sinto viva sem ele. Aguardo.
2 comments:
lindas palavras por um amor eterno, que pulsa no seu peito.
...nem assim morrer...
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