Daniela clama haver me desmascarado. Com que então o James Spader?! Já achei ele um gato, um charme ambíguo, que deixava a gente sem saber direito em que time ele joga. Mas em que filme, por favor? Quero alugar correndo e me rever. Alguém aí sabe?
Continuo com a leitura do Oz, um verdadeiro mago. Costumava ler muito mais rápido, mas não consigo ler no trânsito, e a sensação que tenho é que estou sempre no carro, presa num engarrafamento. Alguém já percebeu que o único presídio de segurança máxima do Rio é o trânsito? E eu me sinto condenada à prisão perpétua. Que ainda via piorar na época do Pan.... Hoje passei meu dia entre a Banda de Ipanema e uma outra que estava concentrada em frente ao Caiçaras. Da janela do meu carro perdi a conta dos homens que vi bancando o chafariz na Lagoa. Dá nojo. Assim como dá nojo ver a condição em que deixam a rua, com milhares de copinhos, latinhas, garrafas, embalagens. E isso quando todo mundo está discutindo aquecimento global e apocalipse now. Geralmente me estresso no trânsito, mas hoje, num entardecer lindo, as pessoas borbulhantes de vida e carnaval me provocaram muita simpatia (menos os nojentos, claro). Meu coração se deixou levar por uma onda de ternura por todos os foliões, e por todos os observadores, por aqueles que tentavam fugir da confusão e pelos que queriam mergulhar nela. Via os olhos brilhantes das moças em flor, circulando, às duas ou três, entre os rapazes de bermuda e sem camisa; sentia a expectativa e os sonhos no ar. Lá no alto, o Cristo, discreto, se deixava envolver pelas nuvens, dando carta branca a tamanha animação. Aqui em casa, sozinha, rememoro a cena com um sorriso nos lábios. É bom ver o Rio no seu jeito mais carioca de ser.
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