Mais uma homenagem ao Steve Jobs. Uma macã, com amor, para o mestre.
Ontem, minha amiga Angela Dutra de Meneses reclamou que, em meio a todas as eulogias, ninguém teve coragem de dizer uma das coisas mais óbvias sobre ele: ele foi lindo! Realmente, em meio a todos os nerds e geeks, ele parecia o mais saudável, o mais belo, o mais audacioso. Um pop star da computação. Tanto que todos os comentários o associam mais ao marketing que à computação de dados, como se, para saber computação, o sujeito tivesse que renunciar ao charme. Não sei, só sei dele quando ele aparecia anunciando mais algum produto incrível da Apple, mais um "must have" que a companhia criava. Mas o imagino ainda jovem, com o xará, numa garagem da California, nos primórdios. Que ele devia entender alguma coisa de computador, lá isso devia.
E, mais tarde, com que charme e desenvoltura ele aparecia, cada vez mais magro, perdendo a cabeleira, fazendo brincadeiras com relação aos boatos sobre sua morte. Um moderno gladiador, enfrentando uma luta que não descansava. Um belo exemplo, o cavaleiro negro, predestinado. Suas origens inspiram, suas vitórias inspiram e até mesmo sua morte inspira.
E se ele foi grosso, sarcástico, impiedoso segundo alguns, para outros foi extraordinário, genial, um grande líder. Não o conheci, não li sobre sua vida mais do que algumas poucas linhas em jornal, mas lamento sua partida. Muito cedo. Minhas perdas também ocorreram assim, muito cedo. E eu me pergunto, sem esperar nenhuma resposta, por que é que outros, inúteis ou ridículos, ou mesmo danosos e perigosos, continuam vivendo enquanto essas gemas raras partem tão cedo???? Por que nadas, zeros à esquerda, têm uma saúde de titânio, indestrutível, enquanto outros, geniais, trazem essa limitação genética? O negócio é seguir o conselho do próprio Steve Jobs e ligar os pontos. Pode ser, que em algum momento, essa mixórdia que é a vida faça sentido.
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