Pois é… de repente, uma semana toda se passou e eu nem sei onde foi que ela se meteu! Entre as páginas de dois trabalhos, atrasadíssimos, sem dúvida. Só hoje percebo que não saio de casa há um tempão! E, se saí na segunda, na quarta e na quinta, foi apenas como uma teleguiada, sem me dar conta do que estava fazendo. Segunda é meu dia de aula, dia de alegria! E, depois da viagem, foi um prazer reencontrar alunas e amigas, voltar a discutir a vida do Henrique VIII e tentar entender suas ações. Ele, por enquanto, resiste bem. Já reparamos como — nas devidas proporções — ele parece um homem moderno, na sua fúria de rolo compressor na hora dos divórcios e separações. Nenhuma de nós concorda com suas atitudes, mas, aos poucos, compreendemos um pouco seu absurdo desinteresse, depois de mais de 3 anos de ansioso namoro, pela Ana Bolena. Mas, cada vez mais admiramos a inteligência de suas mulheres. Ele não se casou com nenhuma boba. Talvez só a Catarina Howard merecesse esse nome, se é que mereceu. E todas elas, mal ou bem, reconheceram que ele também era um homem excepcional. Até agora, estávamos lendo sobre o jovem Harry, o mais belo príncipe da cristandade, o mais formidável. Agora vamos entrar no seu declínio e conhecer o gordo, doente, impotente, mas ainda extraordinário rei.
As outras duas rápidas saídas também foram verdadeiros voos de abelha: direta em direção ao mel, e de volta para a casa, sem me distrair. Fui ao grupo das proustianas, contar um pouco das impressões de viagem e escutar muito de Proust, de Rachel, de New York, por onde andou Mag e seu olhar crítico. Na quinta, um pouco mais de liberdade: lançamento da Paula Cajaty e assinatura de contrato de um novo livro onde estou colaborando. Mas revi amigos, conversei um pouquinho, me deu até vontade de continuar saindo e me divertindo!
Mas voltei. Meus companheiros mais constantes da semana foram ensaios, romances de Carpentier, mais ensaios, reflexões sobre a leitura e sobre os intercâmbios entre pessoas e livros. Mas também tive meus momentos de TV, olhos distraídos acompanhando jogos que não chegaram a me interessar.
As viagens, portanto, são coisas do passado. Vou ver se consigo colocar mais alguma foto no FB, vai depender de minha sorte, pois nem sempre o botão "compartilhar no facebook" aparece como opção. Para vocês, uma barraquinha "porta fortuna", com tantos limões e belas pimentas, uma das muitas que encontrei pelo caminho.
1 comment:
Querida,amei a foto! Deve ter sido mesmo uma linda viagem! E que barraquinha mais alviçareira! Acho que vou plantar um limoeiro e umas pimenteiras no meu jardim. É, tenho um jardim imenso que fico olhando de toda uma parte da casa e que me faz um enorme bem. Acordo com o canto dos sabiás, vejo macaquinhos, inúmeros pássaros, e até fico fazendo com a minha neta a chamada "observação da família de gambás", que passam todo o final do dia, ao longo de um muro do vizinho que faz limite com o meu terreno. Não me pergunte por que ela gosta disso (tem 5 anos) e na verdade eles teimam em não marcarem o ponto quando ela fica de binóculo e lanternão na mão, a parecer um Sherlock Holmes tupiniquim, adentrando a noite. Como ela é linda, tudo fica ótimo !
Enfim, adorei ver essa barraquinha da fortuna e certamente vou plantar as pimenteiras e o limoeiro porque "fortuna" nunca é demais, não é mesmo? E quando você vier me visitar farei uma limonada e prepararei uma conserva de pimentas e você usa se gostar e se quiser !
Grande abraço, minha admiração, sempre, meu carinho, eternamente, Tereza (eu já li esse seu post antes, mas só hoje tirei uns minutos para comentá-lo como você merece).
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