Tudo passou, em branco, pelo menos para mim. Mas, desde ontem, recomeço a sair de minha toca. Ontem foi o Bloomsday. Não que eu ligue para isso, Joyce não me fala ao coração. Dou, de vez em quando, umas bicadas enfastiadas no seu Ulisses. Curto os Dubliners. Mas me encanto mais com sua vida que com suas obras. Pai de uma Lucia, imagino sua relação com ela, volta e meia. Uma relação complicada, sem dúvida.
Mas saí de casa, e tanto que não dei conta de todos os compromissos adiados para "depois do prazo". Hoje já li, estou cozinhando, e vou ao Municipal. E, se roubo um tempinho das panelas para vir aqui escrever é em agradecimento à minha T.T., que me mandou palavras tão alegres comentando minha barraquinha. Saudades dos seus olhos verdes, colorindo a vida a seu redor! Irei, com prazer, tomar a limonada, como, uma vez, há tanto tempo, fui comer romã em seu jardim, lembra? Era minha primeira romã, anêmica (descobri depois), mas especial na sua qualidade de fruta colhida no pé. E acompanhada por canções francesas. Au clair de la lune, mon ami Pierrot … Quanto às pimentas, não sei. Mas não digo não.
Agora volto às panelas e às páginas do meu livrinho.
3 comments:
Querida, enquanto o Brasil todo se prepara para mais um jogo, passei aqui rapidinho para dizer o seguinte: devo ir a Friburgo a qualquer hora e compro bonsais num horto na estrada Friburgo-Teresópolis: se lá tiver um bonsai de romã já é seu!!! E aí você cuida para os frutos não serem anêmicos, que tal? Olhe, adorei essa coisa de romã anêmica: só você mesma para qualificar a minha romã do passado desse jeito, lindinha! Pensando em como a terra do jardim era meio calcária, acho que essa era a razão. Em compensação, se lembra, as mangueiras carlotinhas e espadas eram dos deuses, suculentes, impregnadas de um aroma maravilhoso, e deslumbrantes, cheia de lindas pintinhas de miríades de cores, enfim, um maná! Olhe, tenho várias amigas que aniversariam entre junho, julho e agosto e sabe o que vou pedir pela web? Sim, exemplares do seu A Secretária de Borges, presente lindo e super in e que, além disso, bota os mecanismos da psiquê para funcionar!!! Mil beijos, T.T.
Nossa, como você escreve bem!
Gosto de ler essas histórias tão cheias de vida e de lembranças.
São minhas lembranças também...
Até romã anemica, eu lembro.
Havia um pé na minha casa em Olinda.
Os Gestos. Adoro Osman Lins.
Abraços
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