Thursday, May 27, 2010

Extase!

Como foi formidàvel a òpera ontem à noite! Daniel Barenboim regendo O ouro do Reno. Uma cenografia das mais espetaculares, com o palco inundado, cantores e bailarinos dentro d'agua, vozes lindissimas, efeitos espetaculares com pouquissimo material, uso sobretudo das luzes e de imagens projetadas. E o teatro, por dentro, é lindissimo, todo em veludo vermelho e dourados, seis andares de Loggias, ou camarotes, um camarote imperial grandioso para receber alguém tao grande quanto Napoleao, que mandou construir o Teatro. Flora e eu num camarote com tres alemaes, eu podia sentir a vibraçao deles com a beleza do libreto e da musica. Bem, com a musica eu ate concordo, quanto ao libreto terei que ficar na impressao, pois do meu lugar nao consegui ler as legendas. Quando terminou o espetaculo, que foi apresentado sem intervalo, o publico saiu em estado de graça, desconhecidos falando uns com os outros, compartilhando seus sentimentos pois era muita emoçao para sentirmos calados! Lindo! Emocionante! Com todos os pontos de exclamaçao que puder usar.

4 comments:

Unknown said...

Que belo relato de uma bela experiência. Acho que é mesmo uma dádiva dos deuses e muito esforço próprio (ler, escrever diariamente, procurar desde pequeno o significado das palavras no dicionário, saber ouvir, não se deixar embotar pelos vieses da vida etc) essa facilidade de expressar emoções, como você o faz. Graças a Deus que existem os escritores que têm essa familiaridade com a pena e sabem dos seus meandros. Quanto a ópera acho que eles foram muito sábios ao evitar os intervalos: assim a emoção ficou contida sem dispersões. Grande abraço, saudades, Tereza (estou amando essas suas impressões de viagem).

Unknown said...

Passei aqui pela manhã e volto agora porque fiquei intrigada com a causa do seu êxtase, já que você já experienciou muita coisa nesta vida! Enfim, li que essa ópera é um desafio tanto para a orquestra como para o regente. Li que só tem um ato (daí não ter intervalo) e que dura cerca de duas horas e quarenta minutos seguidos!!!
Para criar a impressão da realidade da ficção foi preciso se criar máquinas especiais, processo esse supervisionado pelo próprio Wagner que também criou outras coisas necessárias para a encenação, e isso tudo num momento histórico no qual ainda não havia luz elétrica. Imagino que hoje, com toda tecnologia, essa encenação deve ter sido mesmo fantástica! Grande abraço, Tereza.

Anonymous said...

Opa. Mande outras novidades. Beijos Marcio

Unknown said...

Oi, linda, cadê você???
Olhe, por aqui saiu, pela CosacNaif, o livro FACUNDO, OU CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE, livro que Borges admirava. Mas, com certeza, você já o deve ter lido !!!
Beijinhos, Tereza.