Monday, July 13, 2009

Desculpem nossa falha!

Voltei de Paraty gripadíssima. Se era suíno ou não o vírus que me atacou, não sei. Só sei que era chatíssimo, exigente, e que me dominou enquanto não cedi e fiz repouso. O que valeu é que, enquanto estive lá em Paraty (um erro de digitação me fez perceber que o nome da cidade já carrega em si a festa - party) ele não me incomodou. Fui e voltei bem, dirigi sem problemas, deixei os amigos no aeroporto, voltei para casa e… dormi! Mau sinal, todas as vezes que durmo de tarde significa que estou para adoecer. No entanto, achei que estava apenas muito cansada, depois de tantas atividades, muita alegria e companhia todo o tempo – eu, que agora passo dias inteiros sem falar, por falta de interlocutor, me vi numa interminável conversa, deliciosa e variada, como uma borboleta num jardim florido. Bem, vou poupá-los da descrição minuciosa dos sintomas. Também não vejo mais como falar de FLIP, assunto mais que requentado em mil postagens pela internet, em artigos de jornal, em folhetos, em revistas. Quem ainda quer saber do Chico? Quem, se não a vovozinha, ainda se lembra do Lobo? Quem guardou na memória o teor da palestra do Dawkins, as emoções do Domingos, as verdades do Talese? Quem ainda lembra que eu falei na OFF FLIP? Os livros que trouxe, ganhados ou comprados, não puderam ser abertos, muito menos lidos. Aqui em casa se juntaram aos manuscritos do Cremasco, aos livros enviados pelo Maurício, ao manuscrito do Altamir. Desculpem amigos, mas ainda vou demorar: terminadas as aulas, tenho que fazer o trabalho final do semestre. Mas, para complicar minha agenda de trabalho, tiro alguns dias para paparicar a família, que se reúne toda na próxima semana, numa viagem para os picos nevados do Cerro Catedral. Gripe outra vez? Por que me amedrontar? Irei, iremos de avião. Passaremos pela Linha Vermelha. Colocaremos nos pés umas tabuinhas velozes e nos despencaremos pelas encostas da montanha, numa velocidade absurda. Tudo isso é risco. Viver é muito perigoso, nos ensina Guimarães Rosa. Mas, enquanto viva, contemplo minha nesguinha de mar, sorvo o azul pelos olhos, encho o peito de maresia até provocar a tosse, e continuo o descanso, agora frente ao computador, já com mais ânimo. Prometo que escrevo, que volto a ler, que tentarei cumprir os prazos, que não deixarei esses azuis que me encantam passarem outro dia sem minhas homenagens!

2 comments:

Ana Cristina Melo said...

Realmente sentimos sua falta.
Melhoras, amiga.
Beijos
Ana Cristina

Anonymous said...

Demoraste.Abçs, Ernane