Saturday, July 25, 2009

Don't cry for me , Argentina

Como é linda essa região da Argentina. O lago Nahuel Huapi (Nahuel=jaguar;huapi=ilha) emoldurado pelas montanhas de picos nevados (estavam nevados quando chegamos, agora estão sem seu disfarce), o sol que prateia as águas, o vento que empurra as nuvens e provoca mil pequenas ondas, é, realmente, de dar gritos! Adoro o sol que aqui sempre me parece obliquo, como os olhos de Capitu, adoro o frio que mordisca meu nariz até deixá-lo vermelho. Adoro os passeios procurando a neve que se esconde, fugaz e passageira. Bariloche, San Carlos de Bariloche, com suas incontáveis fábricas de chocolate, ruas cheias de gente, mesmo com a ameaça da gripe suína, e os cafés onde, ao invés de me comportar, sucumbo à tentação de un chocolate caliente.
A família se divide: uns anseiam pela neve e suas emoções, outros adoecem com o frio, eu finalizo as resenhas, tento adiantar o trabalho final do curso, luto com a falta de sinal para a internet, a falta de adaptador para carregar os eletronicos do qual dependemos…
A TV me faz companhia, mas também me impacienta. As massagens oferecidas pelo hotel me tentam, mas não sucumbo à tentação. Li mais dois livros de Mia Couto, e assim que consegir carregar meu brinquedo novo, o Kindle, lerei o que nele se esconde. Amanhã parto para Buenos Aires, com a informação de que em breve vai estrear um filme sobre os últimos anos de vida de Borges.  Curiosa, tenho que me aguentar, pois ainda é cedo para vê-lo.
E, desde já, começo as despedidas, cantando, com Evita, que the truth is I never left you. 

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