Tuesday, February 10, 2009

Dúvida – Escafandro – Certezas

Certezas? 
Nunca fui muito certa de nada, só de minha própria ignorância. Desde que aprendi o sei que nada sei, fiquei fã.
Mas de uma coisa estou segura: adorei as dicas da Fla, que também está caidinha de amores pelo Mac. Fácil, a gente se deixar levar pelas seduções da editoração, por exemplo. Tantos templates maravilhosos, uma aparência moderna – a tela de meu Mac me remoçou uns 20 anos! Estou quase uma roqueira, pegando a guitarra para brincar de banda, fazendo edições de imagens muito cool ...
Em compensação, o filme O escafandro e a borboleta me assustou, tocou num de meus maiores medos – a tal síndrome do encarceramento. Fiquei imaginando a força de vontade daquele cara, piscando o olho para aquela extraordinária criatura que o acompanhou na criação de seu livro, que, segundo minha concepção, pode ser chamado de póstumo, pois que diabo de vida é essa?
Já li muita coisa boa em volta desse mesmo tema. O extraordinário Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubem (ns?)Paiva. A Balada do cárcere, não do Wilde mas do autor português de O Delfim, Joaquim Cardoso Pires, se não me engano. E uma história das Mil e uma noites, da cabeça cortada do sábio, que desejava provar ao Califa que existia vida depois da morte e que combina piscar o olho 3 vezes, para confirmar... Jean Do piscou o olho muito mais que essas três vezes, e comprovou que existe vida mesmo após essa morte do invólucro. Fiquei muito impressionada com o filme.
Ontem à noite fui assistir Dúvida – um show de interpretação numa história que, ao invés de revelar a grandiosidade humana, como é o caso do filme acima, revela o abismo da pequenez da alma humana. Também fiquei muito impressionada, mas sei que este é um filme que, com o tempo, me esquecerei. ;-) 
Me despeço com essa piscadela, sorridente, feliz por ter tantas opções para me comunicar.

4 comments:

Guido Cavalcante said...

Quero lembrar dois livros que resolveram ao seu modo o tal encarceramento: Viagem ao Redor de Meu Quarto, de Xavier de Maistre e Johnny Got His Gun, de Dalton Trumbo.

Guido Cavalcante said...

Aliás, a sociedade burguesa adora estes casos de freaks que superam a condição física depauperada, a doença, aa deformidade, a vileza, a pobreza e resumem na sua existência um ato de contrição, ao nos mostrar que a dignidade (sempre a maldita dignidade) pode ser restaurada sob qualquer condição.Eu gosto do Johnny porque ele quer morrer, enquanto o espadachim encerrado no quarto se diverte com a sua reclusão, pois o mundo realmente não importa nada. Ambos não são um bom exemplo para nada e para ninguém. Não há porque sentir piedade ou orgulho deles.

Anonymous said...

Oi! Assisti duas vezes o filme "Dúvida" a primeira vez sozinho e sai do cinema com a certeza que o padre era inocente. Depois assisti com amigos e amigas, no final do filme conversamos, discutimos a história e sai com a certeza de que ele era culpado. rs rs rs. beijos

Anonymous said...

Oi! Assisti duas vezes o filme "Dúvida" a primeira vez sozinho e sai do cinema com a certeza que o padre era inocente. Depois assisti com amigos e amigas, no final do filme conversamos, discutimos a história e sai com a certeza de que ele era culpado. rs rs rs. beijos.

Sempre esqueço que colocar meu nome......Márcio Galli