Infelizmente fracassei na minha missão de reportagem da Flip. Meu modem simplesmente parou de funcionar. Hoje, já aqui no Rio, consegui postar um pedaço incompleto do último post que escrevi lá. Vou fazer o seguinte, assim que puder, vou coligir as anotações dos últimos dias e fazer um resumo. Vou colocar as fotos, também. Só não pode ser agora, pois preciso urgentemente terminar um trabalho para entregar amanhã.
Para informar vocês, rapidamente, houve muitos desencontros nesta FLIP. Mesas com pessoas que não combinavam, mesas com autores de qualidade muito desigual. As que melhor funcionaram foram as que, com uma única "estrela", o mediador servia como um entrevistador. Na última que assisti, por exemplo, o Pierre Bayard, autor de Como falar de livros que não lemos, foi "comentado" pelo Marcelo Coelho -- um show, inteligente, articulado, bem preparado. O Contardo Calligaris estava lá como mediador, mas era dispensável a presença dele. Ele é meio estranho. Parece um marionete, meio duro, um pouco artificial.
Houve desastres, como um mediador (esqueci o nome, depois vejo nas anotações) que resolveu falar mais que os convidados, até que um deles deu um toque; "Acho que eu devia fazer as perguntas e você respondê-las." Foi aquela síndrome do microfone, que acomete as pessoas e as faz desligar o desconfiômetro.
Houve grandes momentos, mas muitas vezes esses momentos não atingiram a platéia em geral, dirigidos que eram para escritores, ou para um público mais acadêmico... Houve pouca empatia entre entrevistadores e entrevistados. Simpáticos ambos, por exemplo, o Veríssimo e o Stoppard não tinham química, e o Stoppard não conseguiu entender as gracinhas do Veríssimo -- talvez por culpa da tradução -- pois muitas vezes a impressão que se tinha era de que os estrangeiros não compreendiam as coisas que lhes perguntavam.
Desculpem, amigos. Anotei tudo e tirei retratos, mesmo proibidos. Não são grande coisa, mas vou colocar para vocês verem, mesmo assim
Uma amiga disse que achou que essa FLIP era a da escatologia. Falou-se muito palavrão, é verdade, mas discordo dela. Acho que foi uma Flip sem paixão. Os melhores momentos foram aqueles em que a alma das pessoas surgia luminosa das palavras proferidas, como foi o caso do Pepetela.
Mas agora vou trabalhar. Depois escrevo mais sobre o assunto
1 comment:
Foi uma Flip sem paixão. Perfeito, Lucia!
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