Há uns tempos atrás pretendia escrever sobre o lançamento no novo i-Phone, maior que os anteriores. Minha tese era a de que os "jovens antenados", criadores do i-Phenomenal Apple estavam começando a envelhecer e descobriam a necessidade de telefones maiores e teclados que se acomodassem a dedos artríticos… E que um dia eles chegariam ao meu ideal: um i-Phone do tamanho do i-Pad, a perfeição!
Ledo engano!
Eis que agora eles diminuem o tamanho do i-Pad! Para quê? E o pior é que tem gente que se assanha e corre para comprar este novo objeto que é um i-Phone sem phone, ou seja, não serve para nada…
Acho que perdi mesmo a corrida contra o tempo e a tecnologia, pois não soube responder à pergunta básica de minha filha, quando lhe disse, orgulhosa, que tinha comprado um i-Pad: Dois ou três?
Como é que vou saber? Mas não perdi a pose. Disse que era o último modelo, o mais novo. Mas que não importava, pois em breve sairia outro… E saiu mesmo, o tal do mini.
Com essa demonstração de estar a par do futuro como uma pitonisa cibernética, safei-me.
Mas ontem ela me ligou, perguntando-me se já tinha comprado o tal mini.
Eu? Logo eu, que estou esperando o I-Pad-phone?!
Pois ela se surpreendeu: ué! O seu não tem telefonia? Basta você clicar no ícone tal, e baixar o aplicativo Y que seu i-Pad…
E ela continuou explicando, embora eu já não prestasse mais atenção. Estava pensando em uma amiga, que está apaixonada por seu telefone fixo: Imagine, diz ela, ligo para qualquer telefone fixo em qualquer estado do Brasil, falo o tempo que quiser e no fim do mês minha conta é sempre 49,90! Feliz amiga, que tem amigos que ainda usam telefones fixos. Eu não teria com quem falar. Talvez com ela…
Chega um tempo em que nossos olhos se voltam para o passado, mesmo à nossa revelia. E descobre coisas que são mais confortáveis e baratas do que o nosso presente já quase futuro. No entanto, do século XIX só o que nos resta neste século XXI é a ficção científica, que nos apresentou ao nosso mundo antes que ele existisse. Do meu pobre século de nascimento, o XX, pouco restou. A lembrança de algumas guerras, algumas armas assassinas e a revolução sexual. O que já foi interessante, agora virou uma função corporal. Coisa para ser desempenhada como uma espécie de ritual de higiene. Tomar banho, escovar os dentes, fazer sexo, cortar as unhas…
No programa humorístico de ontem à noite, o comentário da moça: Eu não vou dar, vou é distribuir!
Oh, céus! Quanta generosidade! Que ela encontre pessoas que desejam o que ela tem para oferecer, pois me informam que são poucos os interessados. E eu me lembro do filme boboca que vi da mulher que nunca tinha experimentado um orgasmo. Ela, então, se separou do marido (era do tempo em que as mulheres casavam) e arrumou um vibrador, e, na falta de vibrador, o telefone celular, no "vibracall" quebrava seu galho. Taí, eis uma nova sugestão para os prodigiosos engenheiros/designers da Apple. Quem sabe o próximo lançamento não possa ser um i-Vib? Com fone de ouvidos, cada chamada se transformaria num motivo duplo de alegria. Tesão e comunicação, compartilhados por todos, ao alcance de todos. Vou correndo comprar ações de algumas companhias telefônicas. Quem sabe minha ideia cola e eu fico milionária?
Ledo engano!
Eis que agora eles diminuem o tamanho do i-Pad! Para quê? E o pior é que tem gente que se assanha e corre para comprar este novo objeto que é um i-Phone sem phone, ou seja, não serve para nada…
Acho que perdi mesmo a corrida contra o tempo e a tecnologia, pois não soube responder à pergunta básica de minha filha, quando lhe disse, orgulhosa, que tinha comprado um i-Pad: Dois ou três?
Como é que vou saber? Mas não perdi a pose. Disse que era o último modelo, o mais novo. Mas que não importava, pois em breve sairia outro… E saiu mesmo, o tal do mini.
Com essa demonstração de estar a par do futuro como uma pitonisa cibernética, safei-me.
Mas ontem ela me ligou, perguntando-me se já tinha comprado o tal mini.
Eu? Logo eu, que estou esperando o I-Pad-phone?!
Pois ela se surpreendeu: ué! O seu não tem telefonia? Basta você clicar no ícone tal, e baixar o aplicativo Y que seu i-Pad…
E ela continuou explicando, embora eu já não prestasse mais atenção. Estava pensando em uma amiga, que está apaixonada por seu telefone fixo: Imagine, diz ela, ligo para qualquer telefone fixo em qualquer estado do Brasil, falo o tempo que quiser e no fim do mês minha conta é sempre 49,90! Feliz amiga, que tem amigos que ainda usam telefones fixos. Eu não teria com quem falar. Talvez com ela…
Chega um tempo em que nossos olhos se voltam para o passado, mesmo à nossa revelia. E descobre coisas que são mais confortáveis e baratas do que o nosso presente já quase futuro. No entanto, do século XIX só o que nos resta neste século XXI é a ficção científica, que nos apresentou ao nosso mundo antes que ele existisse. Do meu pobre século de nascimento, o XX, pouco restou. A lembrança de algumas guerras, algumas armas assassinas e a revolução sexual. O que já foi interessante, agora virou uma função corporal. Coisa para ser desempenhada como uma espécie de ritual de higiene. Tomar banho, escovar os dentes, fazer sexo, cortar as unhas…
No programa humorístico de ontem à noite, o comentário da moça: Eu não vou dar, vou é distribuir!
Oh, céus! Quanta generosidade! Que ela encontre pessoas que desejam o que ela tem para oferecer, pois me informam que são poucos os interessados. E eu me lembro do filme boboca que vi da mulher que nunca tinha experimentado um orgasmo. Ela, então, se separou do marido (era do tempo em que as mulheres casavam) e arrumou um vibrador, e, na falta de vibrador, o telefone celular, no "vibracall" quebrava seu galho. Taí, eis uma nova sugestão para os prodigiosos engenheiros/designers da Apple. Quem sabe o próximo lançamento não possa ser um i-Vib? Com fone de ouvidos, cada chamada se transformaria num motivo duplo de alegria. Tesão e comunicação, compartilhados por todos, ao alcance de todos. Vou correndo comprar ações de algumas companhias telefônicas. Quem sabe minha ideia cola e eu fico milionária?
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