Tem dias que parece que a vida cheira diferente: um cheiro de guardado, de passado, que persiste em nossas narinas, insistindo em nos lembrar de algo perdido há muito tempo…
Perambulo pela casa, procurando de onde vem esse cheiro que eu quase conheço, mas percebo que é uma ilusão. Aqui, o que cheira mesmo é a tinta que pintou minha cozinha, em minha ausência, mas que ainda exala seu aroma acre.
Vou procurar frascos de perfume. Este que já não existe mais, mas de que eu gostava tanto… Aquele, vibrante, de cor sedutora… Este que comprei só por causa do nome… E este, de frasco tão lindo, parecendo uma escultura… E aquele… não, nem falo no que ficou por usar!
Desisto. O cheiro ainda brinca em minha memória. Mas não é o cheiro bom de chuva. Nem o cheiro de certas épocas do ano, carregadas de especiarias. É um cheiro antigo, como o de rendas que se desfazem com o tempo. Ou como o que ficava nas mãos depois da brincadeira no parque, cheiro de ferrugem, de madeira, de areia…
Acho que é cheiro de saudade.
Perambulo pela casa, procurando de onde vem esse cheiro que eu quase conheço, mas percebo que é uma ilusão. Aqui, o que cheira mesmo é a tinta que pintou minha cozinha, em minha ausência, mas que ainda exala seu aroma acre.
Vou procurar frascos de perfume. Este que já não existe mais, mas de que eu gostava tanto… Aquele, vibrante, de cor sedutora… Este que comprei só por causa do nome… E este, de frasco tão lindo, parecendo uma escultura… E aquele… não, nem falo no que ficou por usar!
Desisto. O cheiro ainda brinca em minha memória. Mas não é o cheiro bom de chuva. Nem o cheiro de certas épocas do ano, carregadas de especiarias. É um cheiro antigo, como o de rendas que se desfazem com o tempo. Ou como o que ficava nas mãos depois da brincadeira no parque, cheiro de ferrugem, de madeira, de areia…
Acho que é cheiro de saudade.
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