Sunday, November 13, 2011

Mar do Marrocos

Acordo esta manhã e a praia está tomada por homens jogando pelada. Me sinto em casa, em Casablanca! Mais uma vez me surpreendo com a cor do mar: branco. Apenas uma leve sugestão de azul, ou melhor de um cinza azulado.
Parto, então, para visitar a Mesquita Hassan II, com seu minarete de 200 mts de altura, construída parcialmente sobre o mar, já que num dos versículos do Corão está escrito que o trono do Senhor fica sobre as águas. Mas sou tão distraída que esqueço de levar a máquina fotográfica. Ainda bem que tenho o celular, para fotografar as belezas que vejo. Do "petit taxi" que tomamos, no entanto, é impossível fotografar o que quer que seja. Do meu lado a janela não abre, e o vidro deve ter uns 10 anos de sujeira sobre ele. Muito antigos, os táxis circulam tripulados por motoristas com dentaduras muito maltratadas, o que não os impede de sorrir o tempo todo, creio que sonhando com as comissões que pretendem ganhar ao nos levarem às casas de tapetes e mercados. Mas estamos cansados, não queremos comprar nada, apenas circular pela cidade e ver seus contrastes. Prédios lindíssimos em art nouveau e decô, mas completamente dilapidados e sujos. Casas entrevistas atrás de muros altos e jardins luxuriantes. Prédios moderníssimos em avenidas coalhadas de lojas caríssimas. Restaurantes franceses (Paul, Lenôtre, Fauchon) pontuando uma avenida de palacetes. Palmeiras altas se enfileirando, num friso quase geométrico, marcando o horizonte. Janelas em formatos inesperados, colunatas e alpendres no alto dos edifícios, propagandas inteiramente escritas em árabe, aguçando nossa curiosidade. Depois, um almoço à beira-mar, num dos muitos cafés da Corniche. Serviço lento, mas nós não estamos com pressa: queremos vivenciar a doçura da temperatura, que está mais quente que o habitual, nesta época de inverno.
Hoje é a abertura do congresso e daqui a pouco teremos o coquetel de boas vindas. Preciso me arrumar. Se eu soubesse como, colocaria as fotos do iPhone no computador, mas não sei. O palácio Bahia, em Marrakech e a Mesquita Hassan II, de Casablanca, vão ter que esperar meu retorno ao Rio para serem publicadas.

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