Descobri, somente agora, que tenho muitas estatísticas quanto ao meu blog. Que máximo! Tem gente à beça pelo mundo afora visualizando meu blog. Espero que todos esses visualizadores estejam entendendo, pois minhas postagens são feitas em português, língua de muitos, mas que já não tem mais o caráter universal que teve nos séculos XVI e XVII. Li, não sei onde (provavelmente no romance Shogun, será que alguém lembra?), que era essa a língua de comunicação pelo mundo afora, pois os navegadores portugueses tinham transformado o mundo numa "aldeia global". Iam daqui para lá e de lá para cá, e foram disseminando sua língua, na qual ensinavam as artes e os segredos de marinharia… Por falar em leituras, li hoje a reportagem sobre o José Olympio, o grande livreiro do auge da literatura brasileira. E li o livro Cartas perto do coração, que me deu um grande desejo de viver num tempo assim, em que escritores eram tão amigos, amigos irmãos, se ajudando mutuamente, se comentando, se encorajando contra a indiferença dos editores… Caraca, já naqueles tempos os escritores sofriam e rangiam os dentes, na tentativa de conseguirem ser publicados. Uma vez publicados, no entanto, havia um público muito maior.
Continuando minhas leituras, vejo que a OI Futuro mete os pés pelas mãos com relação a exposição de fotos programada. Não conheço a fotógrafa nem as fotos, mas sou, por princípio, contra a censura. Porém confesso que me incomoda um pouco saber que esta fotógrafa fez fama e fortuna clicando drogados e mendigos. Sei não. Me cheira à exploração terceiro-mundista. Sabem aquelas fotos maravilhosas de criancinhas mutiladas pela guerra e de gente morrendo de fome em campos de refugiados e outras fotos do tipo que nos comovem com facilidade e que fazem a fama e a fortuna de quem esteve lá no inferno mais preocupado com o foco do que com a situação? Sei não. Acho que essas fotos deveriam sustentar fundos de auxílio, e não dar fama e prestígio à ninguém. Mas todos nós temos nosso lado mórbido, que se deixa fascinar por fotos de prostitutas drogadas e de pessoas soterradas pelo mundo e pela dor, desde que bem focadas. Aquele que vira o rosto para o outro lado ao passar por um acidente de carro que atire a primeira pedra. Eu olho. E vejo as fotos e fico indignada, mas nunca fiz nada para melhorar aquelas situações. Mea culpa. Mea maxima culpa! Portanto, não recrimino, mas desconfio da fotógrafa e de mim mesma. Que tipo de pessoa sou?
Vejo que estou há duas semanas sem escrever no blog, mas não consegui conexão. à duras penas consegui postar no Facebook as fotos que tirei no Marrocos. Nem todas saíram boas, mas fiz uma reportagem bem completa da viagem. E fiz amigos novos. E aprendi coisas fascinantes. E estou feliz por ter ido, e voltado. E gosto de estar de novo na minha farrinha cotidiana: leitura, escritura, conversas e lançamentos, com essa sensação de tempus fugit, que o ano já termina e que já estou comprometendo os dias futuros, com planejamentos que se estendem quase até o final do próximo ano. E essa agora? Estou vivendo no futuro, sem passar direito pelo presente…
Continuando minhas leituras, vejo que a OI Futuro mete os pés pelas mãos com relação a exposição de fotos programada. Não conheço a fotógrafa nem as fotos, mas sou, por princípio, contra a censura. Porém confesso que me incomoda um pouco saber que esta fotógrafa fez fama e fortuna clicando drogados e mendigos. Sei não. Me cheira à exploração terceiro-mundista. Sabem aquelas fotos maravilhosas de criancinhas mutiladas pela guerra e de gente morrendo de fome em campos de refugiados e outras fotos do tipo que nos comovem com facilidade e que fazem a fama e a fortuna de quem esteve lá no inferno mais preocupado com o foco do que com a situação? Sei não. Acho que essas fotos deveriam sustentar fundos de auxílio, e não dar fama e prestígio à ninguém. Mas todos nós temos nosso lado mórbido, que se deixa fascinar por fotos de prostitutas drogadas e de pessoas soterradas pelo mundo e pela dor, desde que bem focadas. Aquele que vira o rosto para o outro lado ao passar por um acidente de carro que atire a primeira pedra. Eu olho. E vejo as fotos e fico indignada, mas nunca fiz nada para melhorar aquelas situações. Mea culpa. Mea maxima culpa! Portanto, não recrimino, mas desconfio da fotógrafa e de mim mesma. Que tipo de pessoa sou?
Vejo que estou há duas semanas sem escrever no blog, mas não consegui conexão. à duras penas consegui postar no Facebook as fotos que tirei no Marrocos. Nem todas saíram boas, mas fiz uma reportagem bem completa da viagem. E fiz amigos novos. E aprendi coisas fascinantes. E estou feliz por ter ido, e voltado. E gosto de estar de novo na minha farrinha cotidiana: leitura, escritura, conversas e lançamentos, com essa sensação de tempus fugit, que o ano já termina e que já estou comprometendo os dias futuros, com planejamentos que se estendem quase até o final do próximo ano. E essa agora? Estou vivendo no futuro, sem passar direito pelo presente…
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