Quando vejo que meu último post foi no dia 9 de julho, me assusto. Onde foram os dias? Tão ocupada ando que nem percebo que o tempo vai passando, sem se deter. No entanto, sinto como se tivesse caído num daqueles bolsões do passado: fotos, antigos documentos, retratos e lembranças. Quem era este aqui? Sabe que não sei? Fico na dúvida se seria um ou outro dos meus filhos, atordoada por revê-los tão pequenininhos, do tamanho de botões… Não sei como eles cresceram, se transformaram, e, no entanto, continuam os mesmos. E daí que nem prestei atenção nas datas: 9 de julho - festa argentina; 14 de julho - festa francesa (será que esse ano dançaram o cancan no forte Copacabana?); segunda seria meu aniversário de casamento; no dia seguinte é o aniversário de meu filho… E eu assim alheada a tudo, correndo para cima e para baixo, abrindo malas aqui, vendo apartamentos ali, desmontando definitivamente o palácio onde vivi minha vida de princesa muito amada, mas sem pena, sem dores, com a esperança de que a próxima habitante da casa seja tão feliz quanto eu.
Peço desculpa aos leitores e amigos, que porventura passem por aqui para dois dedos de prosa. Depois escrevo com mais vagar. Agora fico tentando me organizar no meio do vórtice e sucumbo.
Obrigada a todos os que têm chegado aqui e deixado mensagens. Tenho ficado feliz com suas palavras, encantada com suas visitas. Obrigada, T.T., pela paciência de percorrer estes escritos do passado. Um beijo virtual em cada um de vocês!
1 comment:
Mudar de casa é um problema, mas ajuda a treinar o desapego. Isso parece meio batido, meio clichê, mas é bem concreto.No meu caso foram as mangueiras da Mário Viana: foi duro deixá-las para trás. O mais interessante é que elas continuam, centenárias, no meu coração, mais fortes e nítidas na minha lembrança do que há dez anos (também soa meio clichê, mas só vivendo para sentir. Tive até crise de hipertensão). Mas os ciclos haviam se acabado e eu precisava seguir em frente, em busca de uma nova vida, com novos começos (acredito que haja várias mortes e muitos nascimentos dentro de uma vida só.A gente morre quando alguém amado morre e para nascer depois fica meio difícil.Ali tive bons e tristes momentos, material de que a vida é feita, sempre, mais tarde ou mais cedo. Mudando de assunto: sabe o que aconteceu? Visitei e li e comentei seus posts de novembro de 2006 e li os de dezembro, mas não lembro de ter comentado todos. Eu comentava, uns mais, outros menos e recebia aquela mensagem que sinaliza que os posts seriam publicados mais tarde. Hoje passei lá e não vi comentário nenhum meu: é assim mesmo? O tempo passado não permitiu que eu voltasse lá e comentasse e deixasse minha mensagem para você junto com o meu carinho de tia que teve de matar cem leões e esqueceu do resto? Enfim, fiquei meio frustrada.Mas já me recuperei!!! Grande hug, bem forte,T.T.
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