Monday, May 14, 2007

Em busca do tempo perdido

Sim, por onde andei todo este tempo?
Andei por obras, casas de material de construção, ruínas de apartamento, projetos de banheiro e cozinha...
Hoje, quando me apercebi, vi que estava muito atrasada, sem postar nada há mais de uma semana. O triste é que ninguém reclamou. E aí, dezessete leitores? Eu sumo e vocês não dizem nada?
Hoje li uma coisa que me deixou rindo até agora: Meu irmão em SESC, o André, está escrevendo um romance para o projeto Amores Expressos. Não sei se posso cometer essa inconfidência, mas como é um pedacinho mínimo da história, acho que ele vai me desculpar se eu contar aqui o que me deixou com o riso inextinguível dos deuses. Ele compôs uma cena de sexo entre dois septuagenários, mas isso não tem nada de engraçado. O amor e o sexo não têm idade, ele pode nem saber disso, mas um dia ele chega lá e descobre. O engraçado é que o homem é viúvo e a amante, ao ir para a casa dele, pensa que poderia até encontrar a defunta sentada na biblioteca, lendo Em busca do tempo perdido, com o ar exausto de quem já está cansada de ser eterna...
Bem, depois volto a isso. Ler ou não ler Proust, eis a questão...

3 comments:

André de Leones said...

O lance é que a falecida não teve tempo de, em vida, ler todos os volumes da obra de Proust...

Saudades, mana.

Anonymous said...

Se a falecida fosse um tipo bem proustiano teria é mesmo lido todo Proust, imitaria a Odette de Crécy e teria matado o agora septuagenário de tanto fazer catléia, ficado rica e poderosa; estaria pegando seus "beaux mignons" pelos lados da Paulista. Berthe.
PS.: passei por aqui para escrever que faz um ano que nos conhecemos, naquele almoco c/ a Rachel. A-do-ro o Rio de Janeiro em maio. Beijo da Eugenia.

André de Leones said...

Bem, ela não é um tipo proustiano. É só um defunto insone, rs.