Tuesday, July 26, 2011

Que luxo!

Todo dia um tempinho para escrever, isso é um luxo!
Obrigada pela informação sobre o dia do escritor, amiga! Vejam nos comentários, por favor.
Hoje fui ao dentista, e, como sempre, fiquei ouvindo sua conversa, me informando. Foi lá que soube que as pessoas que foram assistir ao show da Amy Winehouse aqui no Rio e a viram bebendo, a cada gole, aplaudiam-na, incentivando sua persistência no vício.
Fico achando isso uma maldade: aplaudir a auto-destruição do outro é ter uma atitude mesquinha e sacana (desculpem o termo).
Passei o dia na rua, correndo para cá e para lá, e pensei numa porção de coisas para escrever aqui. Só que esqueci de tudo.
No final do dia, tomei um taxi, cujo motorista, ao contrário de mim, sabia de tu-do! Ele tinha um telefone desses que pegam televisão e estava assistindo o jornal, numa tela tamanho 3X4. E comentava desde a morte da Amy até a falência dos EUA, e ligava com o que tinha escutado na Voz do Brasil, e sempre pontuava com um:"eu não disse?"
O trânsito estava engarrafado e ele me deu uma aula de economia, outra de psicologia, mais uma outra de relações internacionais… Finalmente chegamos a nosso destino, e eu estava infinitamente mais sábia.
E aí fui conversar bobagens com uma amiga, feliz, feliz! É tão bom não saber de tudo… E ainda esquecer o que se soube um dia…

1 comment:

Tereza said...

Vi um programa sobre a Amy, um show, no dia de sua morte, e ela estava bebendo, um pouco por vez, de um copo no chão, e na mesma hora me lembrei do Tim Maia, que, se não me engano, bebia também no palco, uma outra grande perda. Eu gostava dele, de sua energia; suas músicas me embalavam toda vez que eu precisava de um fundo musical mais forte para escrever algum parágrafo que teimava em não querer ser escrito. Era tiro e queda, ou seja, o parágrafo acabava surgindo na tela do computador! Atualmente escuto ele e outros, muitos outros. O bom da vida é essa diversidade: taxistas cheio de histórias, amigas intelectuais e não intelectuais, ou as intelectuais que também são ecléticas. E ainda há aquelas pessoas que te surpreendem: sem escolaridade, mas cheias de sabedoria. Eu gosto de escutar todos. Às vezes sinto que tenho em mim um lado whitmaniano que abraça tudo. É esse saber tudo e não saber nada, é esse saber nada e esquecer tudo, é esse se perder no caos (aquele do Hesíodo) e se reinventar. Beijinhos, muitos, hugs, muitos, T.T.