Monday, August 27, 2007

Passo Fundo

Cheguei a Passo Fundo, com olhos de encantamento. A cidade não é especialmente bela, mas tem um coração. Essa universidade que transcende seus limites de "interior" e que avança pelo imaginário de brasileiros, de angolanos, de poloneses e outros através do trabalho de um grupo enorme, liderado pela Tânia, que mal conheci mas que já parece amiga de uma vida inteira. Gostei de meu "ônibus escolar", que me trouxe de Porto Alegre até aqui na companhia de gente tão maravilhosa em carne e osso que nem parecem "autores consagrados" nem "editores renomados". Eles existem, eles conversam e riem, comem quindins (ou chocolates, como a menina da tabacaria), fazem-nos pensar ou matam-nos de tédio, carregam suas malas e contam suas histórias -- maravilhosas, instigantes, repetidas, sedutoras--. Alguns são pessoas de ação, fazem, planejam, organizam. Outros são contemplativos, absorvem por todos os poros, pelo olhar, pelos ouvidos, tudo o que podem. Ainda nem cheguei na Jornada propriamente dita, estou só no hotel, mas já me sinto feliz, com a maravilhosa sensação de pertencer a um grupo.
Agora vou trocar de roupa, tentar comprar uma máquina fotográfica e, finalmente, ir ao encontro dos outros peregrinos nesta romaria cultural. Os sinos ao longe avisam da passagem da hora. É tempo.

3 comments:

Anonymous said...

Passo Fundo Lucia!
Um pulinho a mais e você esta em Carazinho, para o outro lado, Lagoa Vermelha e mais ao norte, Getulio Vargas.
Você anda heim! A sua Secretaria de Borges esta te levando ao antes impensável.
Você merece, felicidades e muito sucesso!
Ah! Roupa quente, aí faz frio nesta época.

Anonymous said...

Olá. Timidamente apresento-me. Informo que tomei conhecimento de sua pessoa por meio do Concurso de Contos Josué Guimarães. Também me inscrevi nele. Sou um escritor paraense,ainda aprendendo (sempre aprendendo)a arte da escritura. Li e leio como se fizesse amor. Literatura é minha vida. Confesso que tinha esperanças no concurso (quem não as tem, se se inscreve. Quando vi teu nome no pódio, quis saber quem era. Nunca te li, mas só a idéia do conto vencedor já é um achado. Sinceramente, quero muito ter contato com teu trabalho, não para comparar ou coisa do tipo, mas para certificar-me de que o talento suga as tetas da paixão por aquilo que queremos fazer. Só és vencedora pela simplicidade e despretenção com que escreves. Esses são os melhores. Digo isso por acompanhar tua breve biografia. Torno-me teu companheiro sem mesmo te conhecer...
Espero aprender sempre mais com pessoas como você, e que este papo não acabe aqui. Beijos fraternos do Anselmo.

Nadanonada said...

Obrigada, Anselmo. Uma das coisas boas do prêmio é conhecer novas pessoas, principalmente quando são generosas e gentis como você.