Monday, March 26, 2012

Lá vai o Tabucchi

Quantas perdas!
Chega um ponto na vida da gente que temos mais amigos do "outro lado" que a nosso lado. Eu, então, que comecei cedo a perder parentes e amigos, já me sinto quase lá. Ainda era menina quando comecei a frequentar o São João Batista. Meu bisavô, minha bisavó, pai, avó, mãe, avô, tio, entremeados de amigos mortos em acidentes, e das incontáveis histórias de parentes que não cheguei a conhecer, mortos de tísica, ou de amor (o famoso e popular suicídio de veneno com guaraná). Depois foram amigos mortos no 9-11, um num dos aviões, outro na Torre. Minha sensação de imortalidade foi abalada bem cedo, de repente comecei a ver a possibilidade da morte em casa episódio da minha vida. Crianças amadas, levadas depois de sofrimentos inimagináveis. Bichinhos de estimação, madrinha e padrinhos queridos, amigos novos estupidamente levados por tumores fulminantes, amigas mais velhas que se foram depois de doenças mais ou menos longas. Meu marido adorado, cuja perda me fez entender que podemos morrer em vida.
Agora lá se vai o Tabucchi, o italiano que quis ser português, por entender como ninguém o sentimento de um povo que amo sem entender muito bem.
Não quero ficar contando os que estão encantados, como diz o Guimarães Rosa. Também não quero contar os que continuam me encantando, por uma questão de superstição. Mas tenho a certeza de uma coisa: quando eu for, terei um céu povoado de pessoas maravilhosas, que me acolherão e nem vão reparar no quanto mudei. Pois mudei, mudamos todos, a cada dia. Mas serei reconhecida pelos olhos do amor que nos uniu.
Mas, lembrando meu padrinho, talvez nos vejamos todos no Inferno, destino que ele tinha certeza de que seria o seu. Grande apreciador de mulheres, bebidas e da boa vida da praia, ele brincava dizendo que só seria castigado indo para o céu, onde não conhecia ninguém. O inferno era a pasárgada deste bon vivant.  Para onde for que esteja carimbado o meu bilhete, espero que seja ao lado do Guilherme pois, com ele, qualquer lugar sempre foi o paraíso.

Saturday, March 24, 2012

Lá vai o Chico.

Olho para o céu e, numa clareira entre as nuvens, vejo uma estrelinha que parece passar pelo céu. Imagino que seja o Chico, presença tão constante na TV, que encantou muitas das minhas noites com seu humor e sua criatividade aparentemente inesgotável. Agora, nestes últimos meses, sempre que falávamos no Chico eu descobria alguma coisa que preferia não saber: vícios, mau humor, etc. Eu desligava. Tecia alguma desculpa e preferia pensar no Chico que amava as mulheres, que teve filhos brilhantes, que deu emprego a tantos amigos, que criou personagens que ainda vivem. Como esquecer? Passei minha vida inteira vendo o Chico, só quando os programas pararam de ser exibidos na Globo é que parei de assisti-lo. Bem, confesso que não gostava da Escolinha. Mas gostava do professor Raimundo. E das incontáveis personagens que ele fazia. Como não gostar de Coalhada, do Bozó, do Alberto Roberto? Do Baiano? E da Salomé, do Pantaleão, de Painho? Daquele latin lover cujo nome esqueci e sua "Biscoito"? Do Bento Carneiro, o vampiro desdentado e desnutrido? Não sou boa de nomes, mas me lembro de muitas outras, arremedando políticos, artistas, figuras populares. Eram tantos, tão variados, sempre engraçados. A maquiagem era primária, as perucas horríveis, mas tudo isso compunha de tal maneira a personagem que aceitávamos sem questionar. Chico foi a Meryl Streep do humor. Capaz de convencer, de mudar de voz e sotaque, de representar, arte pouco conhecida entre nossos atores.
Fico aqui, no meu canto, sem vontade de sair de casa. Vontade até tenho, mas me assusto ao ver que os cinemas estão cheios demais, que ora faz muito calor, ora chove muito. Fico em casa, desencorajada. E tento trabalhar, mas vou daqui para ali, e não faço muita coisa. Leio o jornal, penso em alugar um quarto para um dos participantes do Rio + 20. Eu não! Esbarrar com alguém dentro de casa me faz sentir ameaçada. Acostumei com o silêncio, com a mesmice. E, além do mais, minha casa está cheia de livros, amigos que pedem um pouco de tranquilidade para serem curtidos. Ando, rodeio, computo, leio, penso, sonho, e, quando vejo, o dia acabou. Não fiz muita coisa. Mas não custou tanto assim a passar. Já posso voltar para a cama, pensando: amanhã faço mais.

Friday, March 23, 2012

Mudanças

Nós, os brasileiros, não somos um povo muito afeito a mudanças. Geralmente ficamos pela cidade onde nascemos, ou naquela que elegemos. Quando morei nos EUA, descobri a "impermanência", essa mudança a cada dois anos para cidades e países distantes; a ida dos filhos para universidades no outro lado do país; a troca de residência por ocasião da aposentadoria; costumes que nos parecem, ainda hoje, um pouco estranhos. Mas cada vez mais precisamos nos adaptar. Eu mesma já mudei mais de dez vezes, mudanças nacionais e internacionais. Tenho um cartão de cliente preferencial em guarda-móveis, se é que esses cartões existem. Porque aqui as pessoas não se desfazem de seus cacarecos a cada mudança. Lá nos EUA mobiliei as três casas em que vivi com móveis comprados em Tag Sales. Geralmente acontecem no verão, as famílias em mudança abrem as portas de suas casas e vendem tudo, até as roupas! Confesso que algumas até comprei: aqueles casacos de neve que as crianças usam por duas semanas e perdem antes mesmo de terminar a estação, foi assim que agasalhei meus filhos ao chegar lá. Isso porque eles chegaram doidos para ver neve, brincar na neve, esquiar, andar de sleds, coisas que cariocas só conhecem de ouvir falar. E, temerosos, queriam todos os casacos do mundo. Logo descobriram que ali onde morávamos dava para esquiar de calça jeans, pois o exercício aquece, e os casacos e calças atrapalham os movimentos. Eu, que nunca consegui aprender a esquiar, ficava na base da montanha encarregada de segurar os casacos descartados, que as crianças tinham trazido por muita insistência minha, mãe protetora e preocupada. Com o tempo, relaxei. Cuidava apenas de recebê-los com muito chocolate quente e minha afamada sopa de cebola. E não ia mais para os lodges, ficava em casa, lendo e operando a máquina de lavar e secar, equipamento dos mais importantes em estações de esqui e em casas de praia…
Apesar de ser uma especialista em mudanças, isso ainda me desestabiliza. Ter que mudar ou ajudar a família a mudar é exaustivo física e psicologicamente falando. Um misto de esperança e temor, uma grande dose de desencanto: a cada mudança nossos móveis parecem envelhecer décadas. Um sofá que na casa X parecia novo entra num caminhão de mudança e revela toda sua idade e uso ao chegar na nova casa. Mas o que tornou essa última mudança particularmente difícil foi a sensação de retorno. Regressar a um lar que abandonamos é tão difícil como dirigir em marcha a ré. Temos que fazê-lo com cautela, para não deixar que nossas lembranças nos atropelem.

Wednesday, March 21, 2012

Quanto vale?

Quanto vale a vida humana? Outro dia falei nos trabalhadores do edifício ao lado. Hoje acordo com mais uma reportagem sobre o jovem brasileiro morto na Austrália, suspeito de ter roubado um pacote de biscoito. E jornais, TV's e internet continuam falando das mortes – gratuitas – em Toulouse. E a imprensa daqui explora e vai continuar explorando o acidente envolvendo o jovem rico e o ciclista ferrado. E finalmente prendem o rapaz (tão bonitinho, meu Deus!) que, ainda menor, foi um dos que arrastaram o pobre menino preso pelo cinto de segurança, e que agora, aos 21 anos, tinha virado empresário e empregava outros menores no tráfico de drogas. Essas reportagens ensombreceram meu dia, e agora, de tarde, cheguei em casa tão triste, tão deprimida, pensando que não existe muito motivo de alegria em viver em tempos como os que correm. Será que pioramos? Ou temos melhorado e eu estou sendo pessimista? Ontem fui assistir, na ABL, uma palestra chamada Pensar a Humanidade. O douto professor Gianotti e seu anfitrião, o doutíssimo Marco Lucchesi, foram, sem dúvida, brilhantes. Mas não consegui acompanhar o alto voo de suas mentes privilegiadas. Tendo saído do Logos para o Ratio, e do Ratio para a Trindade, eu ia, de sobressalto em sobressalto, fazendo essas piruetas filosóficas quando, sem que eu esperasse o golpe, fui abatida pela crise da matemática. Os números, capitaneados pelo zero, tornaram impossível o pensamento tradicional! Caí no abismo, sem rede de proteção nem paraquedas! O danado do Pi destruiu o raciocínio?! Mas como é que, existindo desde a amena Grécia, só no século 19 ele provocou essa destruição? Talvez pela sua combinação com o zero? Ou teria sido a impossibilidade da unidade? Sim, Marco Lucchesi me deu a entender que não se pode pensar a unidade pois ela deixaria de ser unidade uma vez que seria o Um mais o conceito de Um. Saí da Academia e vi um dos acadêmicos, acabrunhado, sentando-se no fuleiro barzinho ao lado, com certeza tão desconcertado como eu. Pois a alta filosofia, jogada assim no colo de mortais e imortais, pode deixar a plateia fora de combate. Vi o olhar perdido no Nada que o Imortal ostentava. Um Nada muito mais ameaçador que o meu nada, pois eu, mortal, não vou precisar me preocupar com isso por toda a eternidade. Resolvi imitá-lo e fui tomar uma caipirinha, em outro bar, perto de minha casa. Hoje, em crise, penso no nada que é o valor de nossa vida. Nem a leitura me consolou. Sofrendo, desabafo aqui neste nadanonada –cujo nome não poderia ser mais apropriado – Quanto vale a vida? Vale o que não pesa.

Monday, March 19, 2012

Dor no coração

Moro num andar alto. De minha janela posso ver vários telhados e é num desses telhados, de um prédio não tão alto quanto o meu  (mas que deve de ter uns 12 andares) que desde sexta feira estou sendo sistematicamente torturada por alguns trabalhadores que se movimentam sem nenhum tipo de equipamento de segurança. Na primeira tarde, um cara, solitário, se debruçava para chamar um outro, que nunca lhe respondeu. Pelo que posso ver, os homens no telhado são jovens, entre 20 e poucos e 30 e poucos anos. Têm uma vida inteira pela frente. Mas são completamente indiferentes a isso. O solitário andarilho do telhado da semana passada hoje tem um companheiro nas suas lides. Agora há pouco, os dois se movimentavam no parapeito, andando de um lado para o outro, sem nenhuma corda, cinto ou rede de segurança.
Na sexta feira, a cada chamado, meu coração se encolhia todo e doía, apavorado. Tinha vontade de gritar para ele tomar cuidado, mas estava com medo que o meu grito o assustasse e ele despencasse lá embaixo. Vesti-me e fui para a rua. Sábado e domingo eles não trabalharam, mas hoje lá estão eles. Não sei o que faça. Vou sair de novo, e pedir ao meu porteiro que avise o síndico do prédio ao lado. Ficar aqui em casa vendo esses dois desafiando a sorte faz meu coração doer. Literalmente.
Só mais uma coisa:
Hoje fui ao centro da cidade e ao saltar do ônibus, em frente ao Fórum, me vi arrastada por uma multidão que ia em direção à Igreja de São José. Hoje é dia de São José, e eu coloco aqui meu salve a todos os pais de família. Um santo simpático, o pobre carpinteiro, que acolheu a jovem grávida e, devotado, criou seu filho da melhor maneira possível. O que me deixou contente foi ver aquela simples crença popular, uma devoção feita de flores e santinhos, de idas à Igreja e portas abertas, acolhendo a todos. Hoje, que lastimo ver as Igrejas se cercando de grades, de portas semicerradas, horários restritos, ver aquela festa me deixou alegre, com vontade de participar e de rezar um tantinho. Rezo em público pelos pais de família que me fazem tanta falta, e desejo que meus filhos possam amparar e orientar suas famílias com carinho e compreensão. Ofereço-lhe uma flor, metafórica que seja, acendo-lhe uma vela, virtualmente, e relembro, com saudade, o colo que me falta, o olhar de aprovação, o semblante severo que vigiava meus caminhos, para que eu não me desviasse. Agora sigo por minha conta. E pensar nisso me provoca mais dor no coração. Literalmente.

Sunday, March 11, 2012

Fidelidade

Não sei se sou fiel ou se sou apenas chata. Nunca troquei de marido, por exemplo. Enquanto o Guilherme viveu, fui sempre fiel e apaixonada, companheira, parceira, cúmplice. E depois que ele morreu permaneço fiel a esse amor que ainda me habita, apesar da ausência física do amado. Sou fiel a coisas básicas. Posso tomar o mesmo café da manhã todos os dias do ano, sem cansar: mamão, de preferência com algumas gotinhas de limão, café puro, queijo e presunto. Tenho uma amiga que varia seu café da manhã todos os dias. Passei uns dias hospedada em sua casa e me admirei com ela, porta do congelador aberta, absorta em contemplação, sem saber o que escolher para o café. Estávamos nos EUA, onde receio que isso seja mais comum do que eu pensava. Os pais perguntam aos filhos o que vão querer de café da manhã. E cozinham ovos, preparam french-toasts, oferecem três ou mais tipos de cereais (eles devem de ter uns 150 tipos diferentes em oferta, nos mercados), preparam bolinhos, torram fatias de pão, cortam frutas, misturam geléias nos iogurtes criando novos sabores que um dia aparecerão industrializados nas gôndolas… Tanta oferta e as crianças dão duas bicadas no leite, comem metade ou um terço de sua escolha e são obrigadas a deixar tudo para trás pois vão perder a hora. E lá se vai toda a comidaria para o lixo. Não admira que algumas mães engordem tanto depois de terem filhos. Vai ver que, com pena de jogar tanta comida no lixo, elas comam todas as sobras das duas, ou três crianças. O pote de cheerios de um, o lucky charm de outra, o bagel com cream cheese do marido, o ovo que ela havia preparado para si mesma, na tentativa de "cortar os carbs", como eles dizem todas as vezes que entram em dieta.  Acho que aqui no Brasil ainda é mais fácil. Café com leite, pão com manteiga me parece ainda dominar nas mesas. Mas, aí, abriram estes restaurantes que servem cafés da manhã monumentais. O sujeito acorda no fim de semana e não dá mais aquela paradinha na padaria, no caminho da banca de jornal. Ainda se vê um ou outro freguês encostado no balcão, tomando média no copo (ih, é proibido, mas é tão gostoso…) e comendo um pão canoa, com a manteiga derretendo. Agora o pessoal acorda e já vai enfrentar a fila para conseguir uma mesa e tomar aqueles cafés que incluem sucos, ovos, cesta de pães, salada de frutas, iogurtes, geléias, requeijão, cereal, fatias de queijo branco e de presunto de peru (assim fica light, eles pensam). Para as criancinhas, um super milkshake e um queijo quente. Mas, saí completamente do meu assunto, que era a fidelidade! Volto a ele.
Sou fiel até a hábitos. Antes de preparar meu café, vou em busca do jornal, por exemplo. Por isso agora, que o jornal tem subido atrasado, tenho que me refrear para não pegar o interfone e reclamar com a portaria. Na verdade, por que é que preciso de ler o jornal tão cedo? Não preciso. Na verdade, hoje em dia a gente nem precisa ler o jornal. As notícias se repetem, regulares, mudando apenas os protagonistas. Eu, que não sou detalhista, não consigo ver a diferença entre a corrupção de João e de José.  E os países, hoje a Coreia, amanhã o Irã, depois de amanhã – ou teria sido no passado – Cartago, se alternam como ameaças iminentes à paz mundial. O que quero mesmo é ler meus amigos cronistas. Como sou avoada, nunca sei em que dia eles escrevem. Veríssimo, Ubaldo, Jabor, Francisco Bosco, Wisnik, Joaquim, Xexéu, geralmente fico alegre (e surpresa) quando os reencontro. Leio-os, fielmente, há anos. Sendo assim, não abro mão da minha assinatura. Antes assinava o JB também. Depois que ele acabou em papel, deixou de existir para mim. Sou capaz de ler livros digitais, mas jornal digital nem sequer quando viajo! Fico danada com aquelas armadilhas colocadas ao lado da notícia, por exemplo, dos 60 anos de reinado da Elizabeth, que nos oferece as fotos do Harry na comunidade do Alemão em que sempre acabo caindo e me perdendo para sempre. Vou de armadilha em armadilha e, quando vejo, estou lendo sobre as próteses de silicone da atriz fulana que vai se casar com o… Chega! Isso me faz lembrar de minhas idas ao dicionário. Nunca me restrinjo à palavra que busco. Digamos que eu vá ao dicionário em busca de restringir. Afinal, é um verbo pouco usado. Como não tenho dons mediúnicos, nem meu dicionário tem linguetinhas com as letras, abro-o ao acaso e caio, por exemplo, na página que é encabeçada pela palavra Toé. Toé? Nunca ouvi falar, e minha curiosidade se aguça. Leio a definição: que fala de solanáceas e infundibuliformes e até escopolamina. Simplifico: planta que dá barato. Descubro que a página em que caí é uma armadilha. Vejam só outros exemplos: Tola, que revela que nossa tolice não tem limites, uma vez que tola é um outro nome para a nossa cabeça, e também sinônimo de juízo. Mas não para aí. Existe uma tola que é uma espécie de torquês de madeira usada pelos penteeiros… Desisto. Deixo para os leitores o prazer de ir ao dicionário descobrir que penteeiro é quem fabrica …pentes, claro! Mas, estimulada pela recente polêmica em torno da palavra cigano, lá vou eu ver o que está escrito no meu dicionário, um vestuto Aurélio, já meio desmilinguido, de tanto uso.  "Povo que tem um código ético próprio". Politicamente correto, é verdade. Mas, em seguida, lá vem: indivíduo trapaceiro, trampolineiro, velhaco. E termina com: Ladino, astuto, trapaceiro. E agora? vamos queimar o dicionário porque a palavra já foi usada com esses sentidos agora ressentidos? Lá me  perdi de novo de meus assuntos! Volto à fidelidade, dizendo que sou fiel aos meus amigos, e coleciono alguns de muitos e muitos anos de convivência. De um deles, recebi um cartão enigmático: Prolfaças pelo genetlíaco! Deixo a vocês o prazer de procurar o significado, mas já adianto: está escrito em vernáculo!

Thursday, March 08, 2012

Dia internacional da Mulher

A feminilidade é como uma pluma:
não pesa, mas confere beleza e elegância.
Aconchega, protege,
e a gente pode até escrever nossa história com ela.